sexta-feira, dezembro 31, 2010

acima de tudo, sejam felizes...

Escrevo aos meus leitores, hoje e agora, porque creio que precisam de ser relembrados de um pequeno facto que muitos - aposto - esquecem, por vezes: a passagem de ano não se trata de apenas uma festa, mas também de uma excelente ocasião para esclarecer tudo o que se tem a esclarecer, para que se possa iniciar uma nova etapa, um novo ano, genuinamente. Façam isso. Não deixem nada por dizer a alguém que, por alguma razão, precisa de vos ouvir. As amizades mudam - penso que todos nós já vimos isso acontecer na nossa vida; relações acabam. Mas não é por isso que devemos andar aqui com ressentimentos profundos e grandes rancores. Leitores, digamos que recentemente apercebi-me de que todas as relações têm os seus momentos e, ao terminarem, seja como for, não devem ser olhadas como feridas, erros ou desperdícios de tempo… Nada disso! Devemos olhar para trás e relembrar todos os momentos belos e felizes - porque esses existem sempre e são esses que realmente valeram a pena. Porque muitas pessoas vão caminhar pela vossa vida e sair à mesma velocidade com que entraram… Mas o que aprendemos com elas ficará sempre connosco; e todos os momentos inesquecíveis e partilhados farão sempre parte da nossa memória e jamais os devemos esquecer. Se alguém vos magoou muito outrora e ainda vos sabe a desilusão na boca, então falem! Falem de uma vez, que já é hora! Sem arrependimentos, sem adiamentos: apenas abram a boca e digam o quanto essa pessoa vos magoou; o quanto essa pessoa significou para vocês, em tempos; as quantas saudades que ainda sentem dela, apesar de tudo; ou simplesmente digam que, apesar de vos ter deitado tanto abaixo, que ao menos vos ensinou valiosas lições sobre a vida! Porque as pessoas que mais nos magoam são aquelas que nos ensinam as lições mais difíceis; aquelas que inevitavelmente temos de aprender… Digam tudo o que vos vier à cabeça a essas mesmas pessoas; discutam se for preciso, gritem, chorem!... Declarem-se abertamente, sem vergonhas e sintam-se felizes simplesmente por serem capazes de amar! Digam que gostam muito dos vossos amigos e da vossa família, porque eles são a razão do vosso sorrir, todos os dias - sejam poucos ou muitos, não interessa… São um tesouro que merece o seu devido valor. Confessem os vossos erros, sentimentos, omissões, pensamentos e vivam! E sorriam ao Mundo porque finalmente tiveram a coragem de dizer tudo o que já há muito estava contido. E acreditem que não há nada pior do que viver rancorosamente, deixando que a raiva se expanda no nosso interior e que as coisas se acumulem, até que transbordem… Garanto que depois de o fazerem - de arrancarem todas essas coisas maliciosas de cima dos vossos ombros -, vão se sentir como se estivessem a flutuar. 
E siga para 2011 com todos os pontos nos i's e sem palavras por dizer ou actos por executar. 

Hum… Agora apercebi-me que ainda me falta fazer uma coisa.

quinta-feira, dezembro 30, 2010

last night thoughts


I'm going to tell you all a secret about true love.
True love doesn't have a happy ending - ever -, because true love never really ends. Saying "let it go" to the person you love, it's just an "easier" way of saying "I love you too much to hurt you more". And then everything falls apart, except the most important thing of all: the feeling itself. Time passes by, the wounds heal in their own way, but the feeling remains on the inside - awake or asleep, it doesn't matter. It's there and it will always be. You can deny it or pretend it doesn't exist anymore, but you know what? That would be a complete bullshit and you would be just wasting precious time of your life fooling yourself. Because true love never really ends. Never. That kind of sucks, right? And that's the thing about true love: it can fuck you over as much as possible, making you feel like a huge crap with no hope or joy at all, BUT it can also give you the most unforgettable, indescribable and best moments of your entire life.
But still… Don't delude yourself into thinking you'll be with that same person forever.

i'll do my best and won't worry about the best

Eu acredito que tudo acontece por uma razão. As pessoas mudam para que possamos aprender a «deixar partir». As coisas correm mal para que as apreciemos enquanto dão certo. Acreditamos em mentiras para que, eventualmente, aprendamos a confiar em mais ninguém, para além de nós mesmos. E, às vezes, coisas boas desmoronam-se para que coisas ainda melhores se construam. (...)

quarta-feira, dezembro 29, 2010

your heart is an empty room

"You know what?... I'm scared too.
But love should be about keeping each other safe, right?"

flashbacks


Recordando e recordando, simplesmente... Detesto quando o faço em demasia, até começar a doer os olhos e a apertar o peito. Algo que acontece especialmente quando, realmente, não sei de ti por muito tempo. E é incrível como me consigo lembrar tão explicitamente/perfeitamente/facilmente de múltiplas ínfimas e, por vezes, pequeníssimas coisas, como se tivessem acontecido ontem.
Talvez esteja a ganhar prática. & practice makes perfection.


Hum. Que conclusão engraçada neste contexto, de facto.

espelho infiel

Engraçado… As pessoas dizem-me o contrário daquilo que vejo no espelho. 

domingo, dezembro 26, 2010

diálogos




- Bem, fui lamechas agora...
- Cala-te. Não foste nada.

serei a única a adorar perguntas retóricas?

Para quê importar-me com algos tão não-importantes?

sábado, dezembro 25, 2010

& every night the passion's there so it's gotta be right, right?

i don't believe you, pink @

Vim aqui com o objectivo de rabiscar qualquer coisa que, de uma forma demasiado ambígua e - quiçá - bastante breve, demonstrasse pobremente o que estou a sentir agora; aliás, o que andei a sentir o dia todo. (…) Mas para quê, quando uma canção fá-lo tão perfeitamente?


no, I don't believe you
when you say "don't come around here no more"
'cause I just know you'll come around... right?

um contra o outro

joga comigo, um jogo novo


Muda de nível, sai do estado invisível, põe o modo compatível, com a minha condição. Que a tua vida é real e repetida; dá-te mais que o impossível, se me deres a tua mão. Sai de casa e vem comigo para a rua. Vem, que essa vida que tens, por mais vidas que tu ganhes, é a tua que mais perde se não vens.

- Deolinda 

anda, mostra o que vales

não faz sentido… e depois?

Estes meus pensamentos conseguem ser realmente teimosos. E não se ficam por aí… Também assumem frequentemente uma faceta um tanto insistente; inconveniente, tornando-se, consequentemente, irritantes.
Lá estou eu, empoleirada no meu canto a sorrir para os vultos que me rodeiam, e eles - meus pensamentos -, altivos, começam a divagar; desviando-me repentinamente para um outro espaço completamente diferente daquele onde estou, naquele momento. E pronto, assim é que começa: encarrego-me arduamente de fazê-los/fazer-me voltar à Terra; de me acordarem - como se procurasse desligar a minha mente, só por um pouco; como se pensar e viver me fossem acontecimentos independentes um do outro... Obviamente que tal tarefa revela-se vã, visto eu, nestes casos, tornar-me como que submissa, escrava impotente dos meus próprios pensamentos, sem quaisquer formas de os conseguir controlar ou subjugar. E, assim, acabo por desistir, simplesmente. Fico apática, quase que sonâmbula, enquanto me perco neles como se de um barco à deriva num oceano infinito se tratassem - barco esse, sem quaisquer remos ou marés a meu favor. Por fim, quando estes acabam inevitavelmente por se cansarem, volto a cair na realidade. Porém, é como se, a cada vez que tal acontece, um pequeno pedaço de mim ficasse do outro lado. Pelo menos é assim que me sinto sempre… Como se certas partes de mim nem sequer quisessem voltar, desejando, em contrapartida, permanecer naquele lugar onde os meus pensamentos reinam numa ditadura, pondo completamente de lado o sentido, a razão e a realidade de todas as coisas.

quarta-feira, dezembro 22, 2010

"Oh, Mrs. Dalloway… Always throwing parties to cover the silence"

"Desde que estava deitada no sofá, enclausurada, protegida ( isenta, preservada), a presença daquilo que sentia tão evidente criou uma existência física; vestida com os ruídos da rua, banhada de sol, o hálito quente, segredando, agitando os estores. Supondo que Peter lhe dizia: « Sim, sim, mas as tuas festas, que significavam as tuas festas? », tudo quanto podia responder era ( e não esperava que ninguém compreendesse): São uma oferenda; o que é terrivelmente vago. Mas quem era Peter para estabelecer que a vida é uma jornada fácil? Peter, sempre apaixonado, sempre apaixonado pela mulher que não lhe convém? Que espécie de amor é o teu?, podia ela perguntar-lhe. E sabia muito bem qual seria a resposta: que é a coisa mais importante do mundo e que talvez mulher nenhuma o compreenda. Muito bem. Mas podia algum homem compreender também o que ela queria dizer? A respeito da vida? Ela não conseguia imaginar Peter ou Richard metendo ombros ao trabalho de dar uma festa sem qualquer razão.
Mas para ir mais fundo, mais além do que diziam as pessoas ( e estas opiniões, como são superficiais e fragmentárias!), agora até ao âmago do seu próprio espírito, que significava para ela isso a que se chama a vida?"

- Virginia Woolf

terça-feira, dezembro 21, 2010

twothousandandnine


Most days of the year are unremarkable. They begin, and they end, with no lasting memories made in between. Most days have no impact on the course of a life... November 13th was a Friday.

you'll always be around: this I know for certain


"Staring at the blue sky
Dreaming of the ocean
And the days I had with you
Walking in a crowded street
Looking for somebody
Stare at all the faces
Making up the crowd"
- KINGS OF CONVENIENCE 

Every man is afraid of something & that's how you know he's in love with you...


are you scared?

segunda-feira, dezembro 20, 2010

life's lessons


http://24.media.tumblr.com/tumblr_l9syduB2ea1qdwetoo1_400.jpg @

é sempre assim

Vês-me como o único alvo a abater simplesmente porque sou das únicas que falo, enquanto muitos outros pensam o mesmo :) Mas, também, é sempre assim… E eu não me queixo: gosto muito de ser uma espécie de porta-voz.

there's a light that never goes out II



I just don't know what to do,
I'm too afraid of loving you...

domingo, dezembro 19, 2010

vergonha

Não compreendo este género de pessoas… É que eu nem acho que se trate de falta de carácter; acho que são simplesmente desprovidas deste, de todo. Parece que, apesar de se auto-rotularem como pessoas orgulhosas, andam por aí a rastejar na própria desgraça que são e fazem; capazes de implorar, de se subjugar, de se ridicularizarem completamente, apenas para que não se evidencie a sua própria tristeza. Esse tipo de pessoas que se julgam de personalidade forte, quando não passam de pequenas amostras de gente, que se definem pelo que gostavam de ser e não são e por aquilo que idealizam ter, quando, de facto, nem têm. São pessoas necessitadas por atenção e que agarram tudo o que lhes rodeia, para que isso se torne seu - obviamente que não resulta; enganando-se a si mesmas, constantemente. E o facto mais interessante dessas mesmas pessoas é que, apesar desta sua clara miserabilidade, se julgam superiores ao resto do mundo e arredores, quando, realmente, não passam de uns anõezinhos numa terra de gigantes, que passam maior parte do seu tempo a exibirem não só o quase-nada que realmente têm, como também aquilo que ilusoriamente pensam possuir.  

saturday night live



Todas as nossas noites são maravilhosas e inesquecíveis, portanto foi só mais uma pra adicionar à lista ;)

força da gravidade


E pronto, no dia seguinte já chove.

"maior cego é aquele que não quer ver"

porque é que o faz?
porque é que nega tanto a realidade?
talvez por ela ser demasiado feia e dura para se suportar

há quem viva num mundo de ilusões

E há que deixar essas pessoas irem vivendo assim!… Mesmo que saibamos que não passa tudo de um divertidíssimo teatro que, no fim, nem vai ter direito a salva de palmas.

sábado, dezembro 18, 2010

the want-to in the eyes










“We always long for the forbidden things, and desire what is denied us. However, when your desires are strong enough, you will appear to possess superhuman powers to achieve them (…) If you greatly desire something, have the guts to stake everything on obtaining it.”

I WEEKENDS

amo-te, vida

e tudo o que de ti faz parte

sexta-feira, dezembro 17, 2010

PEACE O' MIND


Caí bem fundo, outrora, mas já me levantei outra vez, mesmo que lentamente.
Agora segue-se, de novo, a busca pelo equilíbrio.

the story


Eu defini um objectivo e procuro alcançá-lo o mais rápido possível - algo que já deveria ter feito há imenso tempo. Como já vos disse anteriormente, sempre tive dificuldades em saber quando parar. Mas cheguei a um ponto em que já nem se tratava disso… Eu tinha todos os sinais lá presentes, indicando-me incessantemente que estava na hora de o fazer. Porém, escolhi não ver isso… Escolhi, invés, acreditar que em nós haveria uma excepção.

Apercebi-me, porém, que tu e eu nunca fomos uma excepção a absolutamente nada. Tu e eu somos, na verdade, um autêntico cliché…: aquelas típicas histórias de amor muito grandes - repletas de múltiplos sentimentos - que, com o passar do tempo, se vão tornando numa coisa completamente metódica e completamente previsível. Basicamente, encontro-me a ler um livro enorme em que as últimas páginas contêm exactamente a mesma lengalenga; a mesma lição; o mesmo fim… E, depois, lá começo eu a ler as páginas mais antigas: quando tudo era muito doce; quando só haviam descobertas, sorrisos e longas conversas em sítios belíssimos e fugidas à noite. Quando eu e tu éramos nós, ainda. E não me estou a referir unicamente àquele laço de amor ardente, mas também àquela pura amizade e autêntica. Nas páginas de agora somos como que pessoas diferentes. O nós partiu-se em eu e tu, e, no princípio, ainda andámos um pouco à procura dos pedaços pelo chão… Mas tu ias parando e eu ia abrandando o passo… Até que bloqueámos completamente e questionámo-nos: Mas será que ainda vale a pena sequer?

Escusado será dizer que cada um de nós deu uma resposta diferente.

E foi assim que aconteceu.
O teu medo; a minha esperança vã; a tua desistência e a minha persistência. Tu a fugires porque era o melhor para ti e eu a ficar simplesmente porque queria, sem nunca me aperceber que, fizesse o que fizesse, nunca nada jamais seria como dantes. A nossa casa estava em ruínas e já nem cantávamos a mesma música.

Eu quero ser livre. Eu quero ser eu mesma. E, contigo, isso jamais se realizaria. Porque tu ao estares constantemente a apontar todas as minhas falhas e os meus defeitos, amarraste-me a uma má imagem que ganhei de mim mesma… Quando, na realidade, a culpa era tanto minha como tua.

Voltei a ver tudo mais claramente e ao olhar na tua direcção sabes o que é que me apercebi? Que já não gosto do que vejo… Pelo menos daquela maneira apaixonada e encantada que costumava ser.

an education II


It's funny though, isn't it? All that poetry and all those songs, about something that lasts no time at all.

an education

If people die the moment that they graduate, then surely it's the things we do beforehand that count.

wondering mood

is there a soulmate for everyone?

Is it possible Mr. Lovable is already in my life?
Right in front of me or maybe you're in disguise?

Who am I trying to fool? I'm still falling.


Gostava que pudesses ler-me, porque assim saberias instantaneamente tudo o que me passa pela cabeça, a cada momento fugaz - mesmo que poucos - que passo contigo. 


I need a parachute.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

17

Eu sinto-me mesmo tão abençoada, de facto :) Nem consigo descrever... Obrigada a todos, mesmo - podem crer que vocês são a alegria dos meus dias, a loucura das minhas noites e a razão porque tanto adoro e prezo esta minha vida, e porque não a trocaria por nada deste mundo; não vos trocava, jamais, por nada, mesmo. Obrigadaaaaaaaaaaaa!

because friends like you are so hard to find  

segunda-feira, dezembro 13, 2010

cala-te

- You wanna kiss me right now, don't you?
- I always feel like kissing you.

e beija-me

não é fácil de entender

Eu não espero que entendas. Eu não te peço que entendas. Eu só não quero é que me venhas dizer que isto é tudo incompreensível só porque tu não o consegues perceber.

domingo, dezembro 12, 2010

confession

I miss love. Whatever that is.

there's a light that never goes out, the smiths


Chega-se a uma dada altura em que é impossível esquecermos o que se passou. Ou porque não queremos simplesmente, ou porque, de alguma forma, marcou-nos demais. 




Ou ambas.

if you fall for me, I'm going to tear you apart

Neste momento, penso que não estou afim de ter alguém apaixonado por mim. Simplesmente porque não tenho mais cabeça para lidar com esse tipo de situações, agora: lidar com as expectativas vãs; com os sinais mais que óbvios; com as segundas intenções… Basicamente, o meu coração encontra-se completamente fechado a sete chaves e eu quero que ele se mantenha assim durante o tempo que for necessário. E, para vos ser sincera, não estou a ver ninguém que consiga realmente abri-lo, neste momento - e espero que ninguém tente, porque eu simplesmente, neste momento, não consigo lidar com o facto de ser a razão da mágoa de alguém; nem quero. 

podem não compreender o porquê de ter escrito um texto deste género, mas eu cá tenho as minhas razões

we don't care if it's true as we put our money down (…)

fotografia por: daniela rosa @

Todos temos de morrer.

parece que foi ontem


What” and “If” are two very non threatening words, but when you put them together they could haunt you for the rest of your life. 

- Letters to Juliet

sábado, dezembro 11, 2010

that's why they say love is a battlefield



Nem sei o que dizer. 

Detesto esta sensação: quando já tudo foi dito e, mesmo assim, nem muito se alterou. É como se estivéssemos em plena Guerra e tiravam-nos todas as nossas armas. Não sabemos se havemos de fugir para sobreviver, ou de ficar e lutar com as nossas próprias mãos, apesar de todas as probabilidades estarem contra nós. Digamos que tu e eu, nesse caso, tomámos decisões diferentes: tu foste cobarde ao ponto de partires, quando te viste desarmado e eu fui ingénua ao ponto de acreditar que era capaz de vencer sozinha em campo de combate, sem qualquer protecção. Qual de nós tomou a decisão certa? A errada?… Penso que não se trata de escolher o errado ou o certo - penso que as decisões nem giram à volta disso; acho, de facto, que existem sempre duas hipóteses - optar pelo que queremos ou pelo que será melhor para nós. (…)  Eu optei pelo que queria: ficar contigo, lixando-me para as inevitáveis consequências. E tu optaste pelo que era melhor para ti: parar de insistir e desistir, simplesmente. (…) Se queres mesmo saber, nunca me arrependi da minha decisão, apesar de ainda estar a sofrer os danos que a minha escolha me causou. E, sim, julguei a tua, chamando-te de desistente, mas não o devia ter feito: foste inteligente e cauteloso, enquanto eu arrisquei tudo conforme o que acreditava; conforme o que sentia. (…) Tu pediste tréguas aos inimigos e eu lutei até ao fim; tu foste embora para sobreviveres e eu vi-te partir, enquanto me ensurdecia com o ruído do caos - o nosso mundo a desabar à minha volta.

Para quem não sabia o que dizer… Disse bastante.

conclusão


"Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer (…) No ar ficará para sempre a dúvida se fizémos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito. Somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor. Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo a baixo para voltar a construir do zero (…) e sem olhar para trás; abrir a janela e jogar tudo borda-fora: queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão (…). Às vezes é preciso (…) partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar.

Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho (…) Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia, então, esquecer."

- Margarida Rebelo Pinto

life's facts

O pior do "seguir em frente" é ter de deixar tudo para trás.

i feel like doing something crazy

via aqua bar @

sexta-feira, dezembro 10, 2010

remember me


If you could hear me, I would say that our finger prints don't fade from the lives we've touched.

olha para mim,

tudo tem um fim
vêmo-nos depois

self(ish) love


Há nem muito tempo atrás, disseste-me uma coisa que jamais esqueci: disseste-me que o amor não deveria nunca ser posto acima de tudo, porque, assim, quando tal se perdesse, o nosso mundo desabaria por completo. Eu não concordei. E disse-to, desta forma: Mas nós não devemos ligar-nos intensamente a alguém, sempre agarrados à consciência de que esse laço terá um fim. E ainda acrescentei: Que sentido é que isso faz? Tu olhaste-me fixamente, mas a tua expressão não se alterou. E, de seguida, disseste-me: A nossa vida está disposta numa prateleira. Imagina que metes o amor em cima, mesmo à tua vista; sempre que olhas para a prateleira, lá está ele, majestoso, no cimo, e a amizade, família, dinheiro e essas coisas todas estão dispostos para baixo. E, agora, imagina que perdes o amor, nalgum lado qualquer! Quando fores olhar para a prateleira e não o vires lá, vais sentir-te como se a prateleira estivesse vazia. Porque vais estar demasiado centrada naquela estante onde o amor outrora estava, que até te vais esquecer das coisas que estão postas mais abaixo. Eu acenei e comecei a brincar com o teu cabelo: Falas como se o fim do amor fosse inevitável. E tu olhaste para mim, em silêncio, com um olhar de consentimento bem expresso nos olhos. Eu estremeci. Tu reparaste e, então, apressaste-te a dizer: Mas não vamos falar disto agora, está bem? E eu limitei a acenar com a cabeça, enquanto assistia, irritada, ao teu típico desvio da conversa. Falaste sobre viagens que adorarias fazer; sobre o curso que querias mesmo tirar; sobre o carro que irias comprar, mal tirasses a carta. Todas essas coisas; um Futuro. E, digo-te, que não houve um único momento, durante aquela conversa, em que não perguntasse a mim mesma: Será que eu estou incluída nesses teus planos? E enquanto lá ias divagando, opinando sobre uma coisa qualquer trivial, eu interrompi-te: Tu és a pessoa mais importante da minha vida… Tu permaneceste calado, como que apanhado de surpresa, e eu prossegui: Onde estou eu na tua prateleira? Tu mordeste o lábio, por um momento, e desviaste o olhar para o chão; esfregaste as têmporas e, de seguida, redirigiste os teus olhos para mim, enquanto um sorriso sereno se abria no teu rosto: Na minha prateleira está tudo o que me é realmente importante… Tu estás lá. Não te é suficiente? (…)

o que o Pai Natal me trouxe mais cedo!

raio x - centro de saúde madelenense @

Uma bronquiolite (não confundir com bronquite)!
A bronquiolite é uma infecção das vias respiratórias, causada geralmente por uma infecção viral, provoca dificuldade ao respirar. Afectados pela doença devem evitar espaços com multidão, divisões pouco ventiladas e, especialmente, locais com fumo. Pessoas com bronquiolite devem evitar fumar, tomar cocaína, inalar fogo, gases tóxicos (vou ter de deixar de viver com o meu pai *som de tambores de piada seca*) ou poeiras. Como sintomas mais regulares temos:

- Irritibilidade; check
- Febre baixa; check
- Tosse intensa; check 
- Diminuição do apetite; é preciso mais do que um vírus viral p'ra me tirar a fome!
- Dificuldades em respirar, incluindo um chiado no peito (sibilância); check
- Conjuntivite. no check

Enfim… Como diz a sra. Freitas: "é triste, mas existe!"

diagnóstico

Podias ter-me dito que ias sair da minha vida. A paixão é mesmo isto, nunca sabemos quando acaba ou se transforma em amor, (…). Há um tempo para acreditar, um tempo para viver e um tempo para desistir, e nós tivemos muita sorte porque vivemos todos esses tempos no modo certo. Podias ter-me dito que querias conjugar o verbo desistir. Demorei muito tempo a aceitar que, às vezes, desistir é o mesmo que vencer sem travar batalhas. Antigamente pensava que não, que quem desiste perde sempre, que a subtracção é a arma mais cobarde dos amantes, e o silêncio a forma mais injusta de deixar fenecer os sonhos. Mas a vida ensinou-me o contrário. Hoje sei que desistir é apenas um caminho possível, às vezes o único que os homens conhecem. Contigo aprendi que o amor é uma força misteriosa e divina. Sei que também aprendeste muito comigo, mais do que imaginas e do que agora consegues alcançar. Só o tempo te vai dar tudo o que de mim guardaste, esse tempo que é uma caixa que se abre ao contrário: de um lado estás tu, e do outro estou eu, a ver-te sem te poder tocar, a abraçar-te todas as noites antes de adormeceres e a cada manhã ao acordares. Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque guardei-te no meu coração antes de partires. Numa noite perfeita entre tantas outras, liguei o meu coração ao teu com um fio invisível e troquei uma parte da tua alma com a minha, enquanto dormias."

por: Margarida Rebelo Pinto 

quarta-feira, dezembro 08, 2010

"pensar é estar doente dos olhos", Alberto Caeiro


Mas, às vezes, sinto-me doente só de ver-te.
Eu estou aqui e quero muito ver-te. E não pensem que me meto para aqui a esfalfar-me numa busca de razões para isso… Eu quero simplesmente. E eu quero que essa necessidade de ver-te, neste preciso momento, seja assim mesmo: tão simples quanto isso. Acho que desperdicei muito do tempo que passei ao teu lado a tentar perceber-te. Foi preciso que me empurrasses para longe de ti para que me apercebesse disto - pensar não deve sobrepor-se ao sentir. E, agora, de facto, a única coisa que me resta é a visão que tenho tua; a percepção imediata do teu andar descontraído, do teu olhar um tanto perdido e do teu sorriso que passa tanto por despercebido, no teu rosto. Olho para ti e capto tudo o que entregas, sem dares conta, invés de me perder a tentar descodificar as tuas (poucas) palavras, os teus (escassos) gestos e as tuas expressões (ambíguas), como costumava fazer. Porém, e assim nasce uma contradição em mim. Porque apesar de me agradar não ter de pensar sobre ti, incessantemente, optando por simplesmente observar-te com sentido; continua a doer. Mas, agora, é um tipo diferente de dor…

Antes, magoava-me muito quando não te percebia, depois de tanto pensar. Agora, magoa-me o facto de que, por mais que te observe e que olhe, não consigo saciar as saudades que sinto dentro de mim. O que me leva a pensar que, talvez, ver-te não seja suficiente… Mas pensar (muitíssimo) sobre ti parece-me demais. Onde fico, então? (…)


E, pronto, já dou por mim, aqui, a pensar em ti, de novo
Se ao menos pudesse ver-te...

terça-feira, dezembro 07, 2010

não sei porquê, há uma força que me impede de fugir


Desejo-te muita felicidade, porque tu mereces muito. E desejo-te, também, muita sorte em todas as tuas decisões, quer sejam, ou não, as mais felizes.

Há não-muito tempo atrás, eu garanti-te que estaria sempre cá, apesar de tudo (…) E bem… Aqui estou eu a lutar por isso mesmo!

segunda-feira, dezembro 06, 2010

eu, sozinha com as minhas imaginações


- Se eu te pedisse para me beijares, o que farias?
- Não sei… Talvez, nada.
- Achas que não deva pedir?
- Acho.
- Está bem, então não o faço.

E tu, depois, rir-te-ias para mim, sem desviar o olhar, enquanto dirias:

- E chamavas-me tu de desistente!

i wish i could read your thoughts

Ainda não me habituei a ver-te de tão longe
Nem sei se alguma vez me habituarei.

sábado, dezembro 04, 2010

a força dos afectos

Acabamos sempre assim, deste jeito… Já reparaste?
Sabes que mais? Já tinha saudades de falar contigo; de estarmos assim.

no regrets
& have a nice weekend

sexta-feira, dezembro 03, 2010

apetece-me tanto, mas tanto...

Uma noite calma; céu de um estrelado intenso, iluminando-a sobriamente. Uma casa, isolada, no meio de nenhures. O cheiro da brisa fria, serena e discreta. Risos sinceros, envolvendo conversas recheadas de humor, significado e verdade; intermináveis. Uma boa companhia em volta, obviamente. A melodia da viola e o crepitar da fogueira. O sabor a juventude, emoção e, no entanto, consentimento: desfrutar das horas, mesmo que conscientes do fim do momento. O clima de confiança, confissão e descontracção que nos cerca (…) Sim. Preciso disso mesmo.


E, agora, apercebo-me: déjà vu?

escrever é uma forma de falar sem se ser interrompido

fotografia por: daniela rosa @

Escrever também é calar. É gritar sem ruído. (…) Uma contradição.

quarta-feira, dezembro 01, 2010

now, they all adore you...

"but yet, I was the one who loved you
when you were still invisible"

the brick @

where are you?



Viste o céu como estava ontem à noite?
Estava tal e qual como tu adoras. (…) E quando alcancei o telemóvel, pronta a ligar-te para te perguntar se estavas a olhar para a janela, bloqueei. E acabei por não o fazer. O que me travou? Nem eu bem sei. Talvez porque, por alguma razão que desconheço, tive medo. Medo da tua reacção. Medo da tua resposta. Medo da forma como falarias comigo. Medo do durante; medo do depois. E, assim, voltei para a rua e olhei, de novo, para o intenso céu profundo que se desenhava ao longo do horizonte, repleto de milhares de estrelas que iluminavam sobriamente a noite. Sorri e reuni esperanças, que cativaram na minha cabeça uma simples pergunta que, porém, jamais me seria respondida:

Estarias tu também a observar os céus, como eu, naquele preciso momento?

poesias; junho 15, 2010

condenados sem destino
Admite, Amor... A perdição já desponta!
Tantos labirintos onde nos perdemos, que já perdi a conta!
E a tua maldita cantiga do "hoje não", deixa-me tão tonta,
E tanto cansada de tudo... E de ti.

Oh... E se ao menos soubesses, a fome que me dás,
E todo o significado que te dou, alguém tão não-capaz,
Irias compreender todos os meus infinitos planos...
Mas p'ra m' entenderes... Levarias mil anos!

Mas admite, Amor, já que tão perdidos estamos...
Que estar perdido ao meu lado, é bem melhor do que nada!

Admite lá, meu Amor...Que não esperarei para sempre.
Oh, o que estou eu a dizer?! Por ti espero séculos de jornada.

perdidos algures no tempo presente
Amor... Custa-me tanto, tanto dizê-lo
Mas quando te vi ali fraco, imponente e perdido,
Roubei-te um beijo matreiro, criminoso fugido,
E guardei-o no bolso, embrulhado num selo.

Quando m'olhaste, enfim, esperei decepção,
Esperei mágoa, transtorno... Mas não!
O que vi? Alívio, medo, mas muito alento,
Como se esperasses q'o roubasse há muito mais tempo.

Sorri-te, tristemente, enquanto fechavas os olhos,
E beijei-te na testa calada, sem te pedir permissão,
E, no fim, também eu fechei os meus, ao som do teu coração.

Mas algures na fronteira, entre o sonho e a ilusão,
Temi a manhã (como temes a morte), prestes a chegar...
E, assim, dei por mim a desejar; para adormecer e nunca mais acordar.

Daniela Rosa

terça-feira, novembro 30, 2010

remember December,

don't surrender…
we were so in love back then

"Olá, Dezembro! Já lá vai tanto tempo.
Bem… Quase nem te reconheci." 

segunda-feira, novembro 29, 2010

foi mais um dia assim: tão longe de ti, como de mim!


Foi mais um dia que passou. Mais um dia assim, passado sem qualquer vislumbre da tua presença. E depois meto-me a relembrar - de trás para a frente; de frente para atrás - o último dia em que estivemos juntos, antes de partires. Fizeste-me acreditar afincadamente que nada mudaria: apenas a tua morada… E eu, cega, ingénua (como já seria de esperar), não me apercebi que essa seria apenas a primeira de muitas mais mentiras que iriam surgir (vindas de ti). (…) E, agora, fico aqui a relembrar todas as tuas idas e voltas, conforme era de teu agrado; as tuas oscilações súbitas e injustificadas de sentimentos; todas as vezes em que te pedi desculpa quando tu foras o único que errara, afinal de contas; todas as noites que passei em branco, em choros infindáveis, enquanto sentia o mundo a ruir à minha volta; todas as horas que passei a implorar-te em silêncio que me amasses, simplesmente!… 

Foi mais um dia que passei, longe de ti. Longe de mim. Longe de tudo em volta. (…) Mas sabes que mais? Tudo isto que ando a sentir ultimamente faz-me desejar que não voltes. Toda esta revolta contra ti e ainda mais contra mim mesma, fez-me ver finalmente que me trazes muito mais mal do que bem; e que o melhor a fazer é deixar-me de ti. Deixar-te ir. Por vezes a escolha mais difícil é a certa, como uma grande amiga me disse uma vez e eu ignorei. E essa é precisamente a minha escolha. A final. 

Eu escolho voltar a viver livre. 
E a verdade é que isso só-me é possível sem ti.


por: Charlotte Doucette
DANIELA HETERÓNIMO @

life's facts

Eu falo demais, às vezes!

domingo, novembro 28, 2010

lol, totally

the ®eal thing


eu gosto tanto de ti
Tão simples quanto isto… Muito simples, tal como tu gostas :)

sábado, novembro 27, 2010

quotations

you said you never wanted to see me hurt
did you close your eyes then?