domingo, julho 04, 2010

these twists and turns of fate

this I love, guns n' roses @

Pedes-me para deixar os contos de fadas e dizes-me que o amor não passa de um mero mito. E a primeira coisa que me vem à cabeça ao ouvir-te dizer isto, é: "Mas que maneira subtil de me dizeres o que sentes por mim... Ou melhor, o que não sentes.".
Hoje, ao final da tarde, apeteceu-me caminhar para longe da cidade, sozinha. Então lá fui eu, de phones nos ouvidos, até ao sítio mais calmo de que me lembrara, na altura. Aproximei-me do mar o mais que pude, deixando-me ser embalada pelas ondas a bater contra a costa. As tuas palavras cruas e frias de ontem ainda me assolavam a cabeça, magoando-me o coração. Olhei em frente, onde se desenhava a silhueta da cidade ao longe - algures onde tu estavas -, e pensei: "Quando encontramos alguém, é porque tínhamos mesmo de ver essa pessoa. Se a procurarmos, então estamos a forçar o encontro. Logo, tal não acontece porque tem de ser; apenas acontece, sem qualquer outro sentido. (...) Se eu não te vir hoje, sem te procurar, é porque não vale a pena ver-te, simplesmente.". Ainda fiquei por lá mais uma hora e, em seguida, caminhei de volta para a cidade, absorta na música que soava. E, inesperadamente, vi-te a passar ao fundo da avenida. Olhaste para mim e eu desviei o olhar, seguindo sempre em frente, pela avenida contrária. E mesmo indo por sentidos contrários, voltámos a encontrar-nos uns minutos depois. 

Já reparaste que é sempre assim que funciona connosco?

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