terça-feira, agosto 31, 2010

home(sick)

on my way back home, band of horses @

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fotografia por: daniela rosa @

But I no longer know where home is.

can you do me a little favor, please?

go choke on cock
and die :)

messed up freak.

segunda-feira, agosto 30, 2010

am I the only human being who missed the rain?

why does it always rain on me?, travis @

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It remembers me of December. Winter. Hot cappuccinos. Wet socks. Long & cold nights. Christmas. Cosy coats. School rainy mornings. Birthday. Sundays spent in the couch. Colorful umbrellas. Messed up hair. Books. Croissants. Indie music. Quiet places. Soaked clothes. Slow afternoons. (...) of me; of  you.  

domingo, agosto 29, 2010

by margarida rebelo pinto

carta, toranja @

O DIA EM QUE TE ESQUECI
para todas as mulheres que viveram um grande amor.
a todos os homens que o perderam.

"Vou pensando em ti e em nós cada vez menos, embora te mentisse se te dissesse que não me lembro várias vezes. As coisas mais insignificantes ainda me trazem a tua imagem. Lugares onde estivemos, frases, ideias, músicas, cheiros, pequenos nadas que me levam até à memória do que fomos, memórias nas quais me deixo ir como se num barco que perdeu os remos."

"Apesar de reconhecer a tua falta de coragem revelada em tantos avanços e recuos, respirei fundo. (...) E por isso desejei-te secretamente boa sorte nas tuas decisões, fossem ou não as mais felizes. Podias sempre voltar atrás. Afinal, é uma das tuas especialidades."

"Sim, as desilusões do coração deixaram-me (...) tolhida pelo vazio e por uma sensação de impotência avassaladora, como se a onda se tivesse virado contra mim. Há muito que ela se começara a virar, a partir do dia em que lançaste a primeira pedra para erguer um muro à tua volta, cada vez mais alto (...), motivado pelo medo absurdo que tantas vezes te domina."

"O tempo foi diluindo a tua presença na minha vida. Quem sabe um dia também dissolva a tua imagem da minha memória e eu consiga finalmente esquecer-me de ti. Não é o que quero; porém, era o que deveria fazer. Nunca somos os donos do nosso coração."

"Agora é fácil, pensei. Agora que tudo acabou, é fácil olhar para o Passado e ver nele uma história de amor bela, impossível e platónica, alimentada pela minha vontade férrea, assassinada pelo teu medo devorador."

"(...) disse-te que me apaixonei por ti no primeiro dia que te conheci. Que senti que ias ser muito importante na minha vida e que podia mudar a tua. Só acertei na primeira parte das minhas previsões. A minha intuição falhou ao medir o poder real que o meu amor em ti surtia; fugiste dele sempre a olhar para trás, sem nunca teres a certeza de que era mesmo isso que querias, e eu fui esperando (...)"

"A minha solidão era de outro tipo, mais profunda e dolorosa, aquela que sentem as almas que acreditam já terem encontrado a sua gémea e, no entanto, a vida, as circunstâncias, o destino ou a falta de vontade por parte do outro não permitem que a verdadeira união se realize. Essa era a solidão em que eu vivia desde que te conhecera."

"É preciso encontrar lugar para o amor na nossa vida, é preciso dar-lhe espaço e tempo, é preciso ser humilde e corajoso, não ter medo de (...) arriscar, mesmo sem nunca saber o que o futuro nos reserva."

"Quando amamos alguém, não perdemos só a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois, quando volta, já não é o mesmo, é outro, com cicatrizes novas. E outras vezes não volta. Fico do outro lado da vida, na vida de quem não quis ficar ao nosso lado."

theend

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fotografia por: emanuela cristina @

É quando já não esperamos nada das pessoas que elas morrem no nosso coração (...) Eu já não espero nada de ti, e sabes porquê? Porque já não tens mais nada para dar.

a (minha) definição de amizade

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fotografia por: roberto brás @

Sinto-me na tentação de partilhar convosco, leitores, a minha definição de amizade, porque parece-me que muita gente não tem a mesma ideologia que eu...

Então, um amigo é aquela pessoa que quando vemos passar na rua, sentimos a tentação de caminhar para ela de braços abertos e sorriso verdadeiro (é importante este facto) no rosto. Perguntamos-lhe como está, se tem novidades, o que tem feito, damos umas risadelas abertas e com mais dois dedos de conversa, despedimo-nos. Depois, mais tarde, havemos de combinar qualquer coisa e estar juntos. É isso que os amigos fazem, não é? Estar juntos; manter o contacto e o interesse (...) O significado. Quando sabemos que esse amigo está mal (sim, porque se somos amigos, devemos estar minimamente presentes para saber essas coisas), damos o nosso ombro e as nossas palavras. E vice versa, obviamente.

Esta é a minha definição. Mas há outras!

Como ter amizades praticamente de grandes distâncias; ausentes e sem qualquer nenhum tipo de contacto, a não ser vagos cumprimentos secos e rápidos; trocas fúteis de palavras sem qualquer substância e nenhum tipo de apoio entregue ou recebido. São aqueles amigos que estão na nossa lista para uma festa de aniversário, mas que não estão na lista das "Pessoas-Que-Me-Ligam-Quando-Precisam-De-Ajuda-Ou-Para-Conviver-Simplesmente".

E deve haver mais... Mas, neste momento, só me ocorrem estas duas.
Qual é a vossa definição?

morreste-me, à hora marcada

the ice is getting thinner, death cab for cutie @

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fotografia por: emanuela cristina @

O gelo por baixo de nós quebrara-se por completo. Depois de tantos anos de muita história, descobriste em mim uma pessoa que não conhecias; defeitos intoleráveis e incompreensíveis. O que me levou, de imediato, a pensar que talvez nunca te apaixonaste por mim, mas sim por uma vasta ideia minha que tinhas. Não sei... 

Só sei que não nos víamos há semanas, e eu não pensava ver-te naquela noite. Caminhava por ali, rodeada de amigos, sempre a tentar não encontrar-te, enquanto que, em contrapartida, te procurava por toda a parte. Eu não queria ver-te, porque sabia que me ia matar por dentro. Sempre que nos encontráramos, desde aquele trágico dia em que disseste que não me querias mais na tua vida, tu passavas como se nem estivesse(s) ali. (...) E foi, de súbito, que te vi chegar, ao longe. Tentei afastar-me, como tu farias se fosse eu a vir, mas não o fiz. Tinha saudades tuas e queria ver-te, mesmo que só por um segundo. O teu cabelo estava muito maior... Fica-te bem. Os teus olhos continuavam profundos, mas tinhas mais maturidade no andar e no jeito de falar. É incrível como cresceste na minha ausência. Por um segundo, apanhei o teu olhar, que desviaste logo em seguida. Queima, não queima? (...) 

Passadas umas horas vagas, tu vieste ter comigo, depois de me teres mandado embora e começaste a dizer o quão ferido estavas, mesmo depois de teres dito que já não te era absolutamente nada. Por fim, disseste que ainda te preocupavas... Eu sei que deveria ter ficado feliz por saber disso, mas não fiquei. Porque eu sei que não te sentes feliz com o que sentes. Eu sei que queres esquecer, mais do que tudo no mundo... 

Eu chorei nos teus braços não convidativos e alcei-me no teu pescoço rígido. Já não te via há semanas, mas ao tocar-te ali, naquele momento, senti-me como se tivesse sido mais tempo do que isso... Da última vez que te abraçara, tu eras meu. E eu tua. E agora as coisas não podiam estar mais diferentes.

Vim me embora com a certeza de que nada mudaria. Tu continuarias a ser tu, longe de mim e vice versa. E eu sei que isto está a destruir-me, mas eu só quero ver-te bem. E se é distância que tu queres, então eu partirei para o outro lado do mundo, se for preciso. Quando puder voltar, chama-me. Quando já não sentires nada... Uau, é este o nosso destino. Uma história de anos que acabará assim, deste jeito... Bem, penso que a forma como acaba é insignificante... Se acaba, acaba e pronto

Mas é curioso... O nosso amor perdeu-se por uma coisa de nada, não sei quando nem onde. E agora? Agora não voltaremos a encontrá-lo nunca, até porque nem chegámos a ir procurá-lo. São precisos dois nessa aventura e penso que só temos um disposto a fazê-lo. 

Mas sim, é compreensível... Esquecer é muito mais fácil, não é?!  

quinta-feira, agosto 26, 2010

minha número 1

don't go away, oasis @

Eu adoro-te desde que nasceste. Eu já te adorava quando deste o teu primeiro passo; eu já te adorava quando disseste a primeira palavra. Mesmo quando andávamos por ali, a infernizar a vida uma da outra, eu adorava-te incondicionalmente. Mesmo quando me disseste, uma vez, no Cais Mourato: "Eu odeio-te e só finjo gostar de ti, para a Avó ficar contente!", eu continuei a adorar-te. Eu adoro-te como ninguém; apesar de tudo... E isto é inquestionável. Porque sim, há aquele amor de amizade - mas nós temos MAIS que isso. Tu, para além disso, és a minha irmãzinha; a minha vizinha do lado. E sim, tu costumas dizer-me que fizeste mais por mim do que eu fiz por ti: ensinaste-me a andar de bicicleta; ensinaste-me a andar de baloiço; faltaste a aulas para me acompanhar a Lisboa, quando fui enviada de emergência p'ro hospital; defendes-me sempre que me criticam injustamente (...) Entre inúmeras outras coisas. E eu adoro-te ainda mais - mesmo quando não parecia possível - por tudo isso. E tu talvez não te lembras, mas, um dia, em Casa da Avó, quando devias ter uns - quê?... - 5 anos? -, partiste uma daquelas jarras que estavam no andar de cima, enquanto jogávamos às apanhadas. E quando a Avó, de vassoura na mão, apareceu lá chateadíssima da vida, eu disse-lhe que tinha sido eu. Parece insignificante, mas a verdade é que me encarreguei de proteger-te sempre, acima de tudo. E lembro-me uma vez, quando andavas na pré e eu na 1ª Classe, e um rapaz do 2º ano começou a implicar contigo, no recreio; eu fui lá ao pé dele com a minha amiga Bola de Basquetebol e "chutei-a" contra a cabeça dele (haha, parece que foi ontem!). Oh, e lembras-te daquela noite, pouco depois do meu Avô morrer, quando te pedi para vires até minha casa e ficámos a falar até às tantas? Tu choraste comigo, nessa mesma noite, ao meu lado. Eu ouvi-te; tu ouviste-me - simples como isso. Adoro-te porque me ouves sempre. E quero que saibas que também estou sempre aqui, para qualquer coisa. E também espero que saibas que nunca me afastarei de ti e, para o ano, quando chegar à minha hora de partir, vou levar-te comigo. Eu não te prometo; eu garanto-te. (...) Eu adoro-te desde que nasceste e vou sempre adorar-te até ao fim. Aconteça o que acontecer. E vou tomar conta de ti, por mais que tu cresças...
Serás sempre a minha irmãzinha.

se fosses plano de fundo p'ra mim, 
eu não perderia o meu tempo a dizer-te o que sinto por ti,
não concordas?

quarta-feira, agosto 25, 2010

by margarida rebelo pinto

happiness, the fray @

"(...) Um dos primeiros passos para se ser feliz é deixarmos de ser vítimas dos problemas. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos, é saber falar de si mesmo sem pudor. É ter coragem para ouvir um «não» e ter a segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. E já que não posso voar por cima das pedras que me vão surgindo pelo caminho, guardo-as uma a uma, para construir o meu castelo. Demorei anos a construí-lo, pensando que um dia viverias nele. 
E tu agora já não cabes lá dentro."

gostava de poder falar com esta autora,
e dizer-lhe que partilhamos tanto...
seja lá o que for 

a(m)izade


maria, xutos & pontapés @

quem diria? foi a nossa primeira desavença
OBRIGADA POR TERES ACREDITADO EM MIM

a tempestade
está quase a passar
gosto muito de ti, pequenina
e vou estar aqui

crónicas de mim

Era uma vez uma menina que bateu com a cabeça no chão e foi parar ao hospital. Quando chegou a casa, de olhos chorosos e boca tremida, disse ao pai que a esperava no sofá: "Caí...". Ao que o pai lhe respondeu: "Isso é Passado, agora.". E a pobre menina, num soluço, replicou-lhe: "E então?! O Passado ainda magoa...".

terça-feira, agosto 24, 2010

do you still remember our sneak outs?

gold in the air of summer, kings of convenience @

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Eu acredito que amamos mais uma pessoa em determinadas alturas. E, naquela madrugada, enquanto guiavas o carro, sem rumo, demasiado concentrado na estrada para sequer reparares que te observava, eu amei-te de uma maneira sem quaisquer precedentes. Lembro-me que agarrei na tua mão livre e ocupei o espaço entre os teus dedos. Tu olhaste-me e abrandaste o carro, de imediato, até parar por completo, na berma da estrada. Aproximaste-te de mim lentamente, a medo, e encaixaste-me no teu abraço.

"Aonde é que vamos?" Perguntei-te, com os lábios encostados à tua nuca.

"Não me interessa" Respondeste, sem nunca pôr termo ao nosso abraço.

"Nem a mim..." Sussurrei.

"Então... Porque é que perguntaste?" Afastaste-te, mas sem nunca afastares os teus olhos dos meus.

"Porque... Tu não me calaste." Respondi, enquanto que, por entre o escuro, encontrei a silhueta do teu sorriso. "Ainda podes fazê-lo, ou preferes que prossiga com perguntas desnecessárias?"

Chegaste-te para mim e beijaste-me suavemente, entre pequenos suspiros.
Sim, eu naquela madrugada, amei-te como nunca te havia amado antes; nem eu sabia que era possível sentir-se tanto, num simples momento. Havia qualquer coisa no teu sorriso; na tua voz; no teu abraço e no teu beijo... Qualquer coisa que não consigo descrever agora. Não porque me esqueci, mas sim porque relembrar custa demasiado. Quer dizer, penso que não é o relembrar que custa. Mas sim o facto de que tal momento, tão único, jamais se repetirá.

eu não quero voltar atrás,
até porque tal não é possível.
apenas... gostaria de repetir...
uma última vez?

segunda-feira, agosto 23, 2010

peço-te,

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fotografia por: emanuela cristina @

Não deixes que nos tornemos em desajeitadas e passageiras pegadas marcadas na areia... Que com a chegada da maré cheia, desvanecem num instante, sem deixar marcas; como se nunca tivessem existido.

é de ressaltar que é a Xana presente comigo na fotografia:
minha doce prima, querida irmã, amiga do peito e vizinha do lado

At least when we were in a vicious cycle, I knew where I was and where you were, all the time.

joints, holly miranda @

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fotografia via Macintosh, apple @

You demanded me to leave and, as I stepped away, you ran after me and grabbed my hand. You said I meant nothing, and then, you said you didn't mean what you were saying. You told me you hated me, but later you confessed that you've missed me. Well, I've been doing a lot of thinking lately, and, sometimes, you make me feel so ridiculous. I mean, look at us: always running around in circles, as we grow apart. Can't we just stop now? I'm too tired to keep on fighting and holding on. I'm too tired of contradictions and controversy. I would do anything for you, you see. If you ask me to go, I'll go. I won't even look back... But let me tell you something: I might let this feeling I have for you go... But I will never, ever let YOU go. (...) I don't care about love anymore, can't you see? I just wanna have you here; I just wanna be there, again. Having a bit of you is better than nothing at all, I think. The only certain I have here is: I don't wanna lose you.

I don't know what to do,
So I'll just do nothing

domingo, agosto 22, 2010

by bob marley

could you be loved, bob marley @

"Difícil não é lutar por aquilo que se quer, mas sim desistir daquilo que mais se ama. Eu desisti. Mas não penses que foi por não ter coragem de lutar... Apenas não tinha mais condições para sofrer."

sábado, agosto 21, 2010

nunca pensei ter medo de voltar...

wake me up when september ends, green day @

Lembro-me o ano passado quando me perdia entre anseios de que Setembro chegasse... Adoro o Inverno, sabem? Como disse hoje à minha amiga Jessica, adorava viver em Londres; ao que ela me respondeu: "Por causa da chuva, certo?". Sim, a verdade é que me sinto sempre bem com o frio e afins. Mas continuando. Este ano, o caso muda de figura. A verdade é que tenho bastante medo de Setembro e o pior é que Ele aproxima-se à velocidade da luz! Vai ser o meu último ano cá, antes de partir rumo à minha nova casa; antes de dizer "Adeus" às tantas pessoas que fazem parte da minha vida. E nem é só isso. Setembro também implicará voltar a ver-te; todos os dias. E, sinceramente, estou a adorar a ideia de não ter de o fazer, já que te afastaste tanto de mim. A verdade é que muito mudou desde o ano passado e, em parte, fico muito feliz. Mas, por outra... Sinto falta da paz. Da simplicidade. Apesar de me ter divertido muito mais este ano. Mas bem, não há maneira de fugir Dele. O tempo continua a passar e tento, ao máximo, esquecer-me disso mesmo. Viver o momento ao máximo e amar tudo o que me é dado, parece-me muito melhor, de todos os prismas. Não concordam?

as my memory rests,
but never forgets what I lost.
summer has come and passed

dedicado à Marlene, pois ela também teme Setembro.

o único mal que eu te fiz:

Deixei-te uma porta aberta.

sexta-feira, agosto 20, 2010

"Will I ever see your sweet return?... Oh, will I ever learn?"

lover, you should've come over, jeff buckley @

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fotografia por: emanuela cristina @

Ai, quanto tempo esperei por ti... Tantos anos desta minha vida que passei, simplesmente esperando pelo dia em que entrarias pela minha porta adentro, com esse teu jeito tão simples, que sempre admirei. Basicamente, transformaste a minha vida numa espera: uma linha de metro que tive de percorrer - cada paragem, cada estação -, sempre desejando a tua chegada. Nunca me cansei de esperar por ti, porque, tal como sempre disse: quando se ama alguém, tem-se sempre tempo para essa pessoa. E enquanto essa pessoa não chega, nós esperamos. Cada espera, era um respirar. Cada respirar, uma espera. E eu, a cada dia que passava, dizia a mim mesma que, contigo, nada era em vão. Esperar parecia tão mais fácil do que desistir; desejar, muito mais fácil que esquecer. Porém, enquanto lá me ia perdendo em sonhos de um futuro contigo, esqueci-me que não bastava eu amar-te o suficiente para esperar por ti... Era preciso tu também me amares o suficiente para voltares.

lover, you should've come over,
'cause it's not too late

adormece, ♥...

Apercebo-me que nada sei acerca de assuntos do coração. Sei que quando, outrora, me perdi em tamanho amor, entreguei o meu ao meu (maldito) feiticeiro. Mas e agora que tal amor se perdeu? Será que o meu coração voltou - diferente; ferido; quebrado? Ou será que por lá ficou, algures ao fundo de uma gaveta poeirenta, daquele maldito ladrão, que nem o quis? Eu não sei... Só sei que não o sinto comigo; nem sequer o ouço (mais) bater. Mas, para ser honesta, já nem o quero de volta. Já o imagino: silencioso e repleto de cicatrizes; condenado a nunca mais bater da mesma maneira. (...)

try again, lúcia moniz ft. nuno bettencourt @

but these little things come and find me

closer, travis @

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Não sinto falta dos beijos, dos toques ou das juras de amor (...) Sinto saudades do cheiro do café, às sextas-feiras, vagueando pelo ar, nas horas mortas. Sinto saudades dos risos abertos, dos sorrisos instantâneos e das conversas intermináveis, apenas meramente interrompidas por pequenos silêncios confortáveis. Sinto saudades de quando fugíamos por entre a noite - costumavas dizer que adoravas a sensação de estar a viver, enquanto as outras pessoas dormiam profundamente. Sinto saudades de me sentir melhor, quando te vejo chegar. Sinto saudades de estar(es) presente. Sinto saudades de poder contar com o teu apoio para tudo, a qualquer altura do dia. Enfim... Sinto saudades dos tempos em que éramos algo. Fosse aquilo o que fosse. (...) Posso senti-las, não posso?

just need to get closer, closer
lean on me now, lean on me now

quinta-feira, agosto 19, 2010

02:37am call

best of me, sum 41 @


Desiludes-me. Desiludo-te. 
Às vezes, pergunto-me quando é que será que começámos a descarrilar, desta maneira... E a verdade é que nem sei; não me apercebi, de imediato. Mas olhando para o estado em que esta montanha-russa está agora - demasiado danificada para sequer funcionar -, vejo que, de facto, temos de parar, simplesmente. Sim, já tivemos dias maus; já descarrilámos por completo, antes. No entanto, passado um tempo, engolíamos tudo e voltávamos a instalar-nos de novo, lado a lado. Mas temos de parar agora, porque já chegámos a um ponto em que só temos mal para partilhar e segredos que morrerão com o morrer do nosso laço - algo que eventualmente acontecerá, graças a esta bomba que tu construíste e eu detonei. Antes gostava de acreditar que alguma força qualquer superior a nós, acabava por nos voltar a reunir, passado algum tempo... Mas agora só quero é pegar nessa força e fechá-la num cofre trancado, e atirar a chave fora. Porque apesar de eu ser das pessoas que mais te ouviu chorar, nunca te ouvira num choro causado por uma acção minha. Mas também é verdade que já várias acções tuas me fizeram chorar, outrora. A diferença é que tu tiveste a coragem de mo revelar isso; eu é que não o fiz, daquelas vezes. A verdade é que tu sempre foste a Coragem, a Atitude; a Liderança e a Persistência; eu limitava-me a ser o Apoio, e nada mais. E não me queixo. (...) Não tivemos a Viagem mais bonita que existiu, mas a verdade é que vivemos (e sofremos) muito juntas e isso não deve ser nunca esquecido ou desprezado. Eu, pelo menos, não o farei. Agora, admito que errei e confesso que, por vezes, não agi correctamente para contigo. E, por isso, peço desculpas sinceras. Mas nunca digas que nunca fui uma amiga verdadeira, porque isso é cuspir em tudo aquilo que outrora representámos e eu não admito que faças isso. Jamais. Até porque nem a Decepção consegue levar consigo os Significados... De todas as conversas, todos os momentos, todas as  fotografias, todos os segredos. Do Passado que construímos. (...) Enfim, obrigada por me teres mostrado o Mundo; as pessoas e os lugares, mas agora está na hora de partir para uma outra jornada.

p.s. ainda me rio quando leio aquela história que estávamos a escrever.


take it, burn it black,
there's no turning back

mixed up words left to say

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Uma coisa que a vida com certeza me ensinou é que é simplesmente impossível seguir em frente, se palavras ficaram por dizer. É como virar a página de um livro sem sequer a termos lido por completo - torna-se mais difícil de perceber o enredo todo; enquanto prosseguimos, a história parece ir perdendo todo o seu sentido. (...) Gosto de me agarrar à certeza de que, desta vez - ao contrário de nas outras todas -, nada ficou por dizer e que os sonhos não se perderam, apenas se gastaram com a erosão do tempo e do silêncio.

and now that there's nothing more to say,
I can just say goodbye, and walk away

quarta-feira, agosto 18, 2010

~

Não adianta te pores em bicos dos pés... Aliás, faças o que fizeres, não lhes chegas aos calcanhares.

just for the flashes

family portrait, pink @

Um dia, quando cresceres, talvez te apercebas.

in our family portrait, 
we look really happy
let's play pretend, let's act like it

nunca uma tarde no faial se passou tão depressa

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fotografias por: roberto brás @

... e tão bem!

p'ra uma grande amiga, com uma grande paixão

use somebody, kings of leon @

Observei-a enquanto chorava, perdida e desorientada, completamente fora de si. E enquanto ela falava, como se estivesse a ser apunhalada vezes e vezes sem conta, agarrava nos ombros do corpo imóvel, de pé, à sua frente, dizendo: "Não quero viver sem ti, mesmo que consiga!". Ele, calado, nem lhe olhava nos olhos, agindo como se ela nem estivesse ali. "Olha para mim!", pedia ela, chorando impetuosamente, "Olha para mim!", enquanto lhe esbofeteava o peito levemente. Ele nem se moveu. De súbito, vejo-a a virar-lhe costas, de lágrimas a cobrir-lhe as maçãs-do-rosto rosadas, sem nunca olhar para trás. Passados poucos segundos, voltou para junto dele de novo, agarrando-lhe com força na mão: "Volta...", ouvi-a implorar-lhe, num sussurro, "Por favor". Ele, pela primeira vez desde que ambos chegaram ali, olhou para ela - friamente; pegou nos seus pulsos finos e afastou-a de si: "Não", disse, "Agora, não", e partiu, deixando-a a chorar, solitária, sem quaisquer braços a lhe rodearem; sem quaisquer palavras doces para a consolar; sem nada a que se pudesse apoiar. (...) Que raio de homem é que faz isso? 

one day, 
you'll find a man who really deserves your tears
and that same man,
will be the one who's not gonna make you cry

terça-feira, agosto 17, 2010

by margarida rebelo pinto

someone that cannot love, david fonseca @

"O esquecimento é a arma mais letal do amor. Quem nos esquece é como se se esquecesse o que fomos, de todo. Ou pior: que existimos. Quem ama e consegue esquecer é uma espécie de assassino: mata a realidade, apaga-a, renega-a e transforma-a num pesadelo absurdo no qual somos obrigados a aprender, outra vez, a viver."

fotografia por: filipa freitas @
p'ros mexeriqueiros: acto apenas p'ra foto, haha :) ly

by margarida rebelo pinto

I want to hear what you've got to say, the subways @

"Ainda que não acredites, tu viverás para sempre nele, tal como ele vive em ti, na memória das tuas células, num passado que pode ser o teu escudo, mesmo que não seja o teu futuro.
Pega no telefone e liga-lhe. Fala com ele de coração aberto, diz-lhe que o queres ver, chora se for preciso, pede-lhe que te diga se sim ou se não. Se for preciso, por mais que te custe, pede-lhe para te escrever a palavra NÃO. Pede-lhe uma resposta para o teu coração. Mais vale saberes que acabou tudo do que viveres com as laranjas todas no ar, qual malabarista exausto, sem saberes nem como nem quando elas vão cair. Mais vale chorar a tristeza de um amor perdido do que sonhar com um oásis que virou miragem.
Pega no telefone e liga-lhe. Liga as vezes que forem precisas até conseguires uma resposta, a paz de uma certeza, mesmo que essa certeza não seja a que desejas ouvir. Mas não fiques quieta à espera que a vida te traga respostas. A vida é tua, tens de ser tu a vivê-la, não podes deixar que ela passe por ti, tu é que passas por ela."


e não foi isso que fiz?
every time i see you,
you just walk away

domingo, agosto 15, 2010

by marcos clark

fácil de entender, the gift @

“A tua implicância faz-me falta, as nossas discussões preenchiam o meu dia mais do que me stressavam.
Diferente da maioria, eu discuto por gostar, já não quero o amor manso, desses poucos imortais. Quero algo sufocado, daqueles que passam por poucas e boas, mas não perdem a paixão.
Quero sentir ciúmes, quero sentir a tua falta. Quero o temor de perder e a insegurança de existir.
Abandona-me, despreza-me, idolatra-me no final.
Amores tranquilos já não me satisfazem, são coisas de amadores. Na nossa dádiva amorosa, somos jovens profissionais.
Esquarteja-me com as tuas unhas, quebremos juntos os nossos pratos.
Sem móveis, nem louças, dormiremos sobre os cacos.”

I'm starving for you here, with my undying love

until tomorrow, paramore @

Tu já me provaste tudo o que era realmente preciso; já me deste e, ao mesmo tempo, tiraste todas as razões; já me arrancaste os sentidos; já me chamaste à razão, ordenando-me para ignorar o coração; já me feriste de todas as maneiras e, por fim, já partiste há tanto tempo, levando contigo tudo o que te interessava; tudo o que sempre te interessou. E já me mostraste que nem faço parte disso. 'Tão, o que é que falta mais?!

Ah, e, por favor, podes devolver-me o meu coração? Provavelmente levaste-o por engano, no meio das tuas tralhas. Acredita, está a fazer-me falta! Oh, e viste o meu orgulho por aí? Também não sei dele.

And I will breathe for love tomorrow,
'Cause there's no hope for today
'Cause maybe there's another way

I'm disappointed, not sad, about the way that things went...

fotografia por: daniela rosa (temporizador) @

"Para ser honesta, nem sei qual de vocês é que me está a desiludir mais, neste preciso momento. Todos vocês, digamos, apanharam-me de surpresa, (...). Estou zangada, acreditem; e desiludida, q.b.. Porque, apesar de tudo, eu concedi-vos tempo, outrora. E, nestes últimos tempos, tenho me perguntado se esse não foi em vão. (...) Eu perdoo, mas não esqueço. E tenho pena que seja assim. Às vezes, só queria era poder esquecer tudo o que mais me magoou... Impossível. Aliás, o que mais nos magoa, é o que deixa as marcas mais profundas; aquelas que muitas vezes permanecem para o resto das nossas vidas, à superfície da pele. (...) Fico, então, a pensar no suposto dia em que nos voltaríamos a reunir, e sei que, se tal acontecesse, iríamos acabar por trocar uns sorrisos, histórias e risos abertos; tal como sempre foi... Porém, também sei que assim que eu levasse o meu polegar ao peito, sentiria de imediato as cicatrizes - outrora feridas - que vocês deixaram em mim. Feridas essas que vocês, desinteressados, deixaram por curar. (...)"

come n' go

something in the way, nirvana @

Há que saber perder e há que saber ganhar. (...) Confesso que nunca tive um bom perder e, ultimamente, confesso, que tenho perdido um pouco. Mas sabem que mais? Perder não importa quando, em troca, se ganha algo muito maior. E a verdade é que é isso que me tem acontecido ultimamente... Perco, perco e perco, mas, lá no fundo, nem dói, porque só interessa mesmo o que (me) ficou. (...) A única coisa que não tolero, de todo, perder é o meu tempo. Porque esse sim é uma necessidade que, depois de desperdiçada, não se pode reaver.

time's free, but priceless
you can't own it, but you can use it
once you've lost it, you won't get it back

quinta-feira, agosto 12, 2010

by nicholas sparks

she will be loved, maroon 5 @

"I finally understood what true love meant... Love meant that you care for another person's happiness more than your own, no matter how painful the choices you face might be."

quarta-feira, agosto 11, 2010

cigarette break @

smoke on the water, deep purple @

Que o fumo leve todas as palavras caladas; bem guardadas debaixo da língua. Que o fumo leve todos os sentimentos escondidos e baralhados; bem contidos no âmago do estômago. Que o fumo leve todos os gestos interrompidos, que de pequenas realidades se transformaram em meras utopias. Que o fumo leve todos os momentos passados, que jamais passarão de inúteis memórias. Que o fumo leve tudo isso consigo de uma vez, e que não se esqueça de nada atrás. E que esse tudo de outrora se desvaneça para o nada de agora, apagando a dor por completo, deixando apenas uma folha em branco, repleta de marcas indefinidas. As únicas provas de que foi real. Acende-se uma chama e consigo vê-las tão bem... Apercebo-me que não as quero ali, a recordar-me do que perdi, e queimo-as. Observo-as a arder lentamente, enquanto as sugo e as empurro para o fumo. Ele que as leve consigo também, que já nem as quero mais. (...) Por fim, as linhas de fumo, obedientes, ergueram-se no céu e desenharam uma despedida muda - aquela que nunca tive... Beijaram o ar e desapareceram. E foi assim que tudo se foi: como o incendiar de um castelo que levara anos a construir, e que, numa fracção de segundos, ruiu à frente dos meus olhos, sem que eu o pudesse impedir. (...)

todo o cigarro chega ao fim,
quando não resta mais nada 
p'ra se queimar

terça-feira, agosto 10, 2010

an update

hello goobye, the beatles @

Prazer em conhecer-vos - mesmo que muito brevemente -, alentejanos. Vêmo-nos em Arroios, ou Setúbal, ou Évora, tanto faz! :)

don't you love perfect days?

fotografia por: daniela rosa (temporizador) @
Dias de Verão como estes, que nos deixam um sorriso quente no rosto e um calor confortável junto ao coração.

que venham mais assim

segunda-feira, agosto 09, 2010

il n'y a personne comme toi


mon cœur s'ouvre à ta voix, muse @

Cresci com a minha avó a sussurrar-me constantemente ao ouvido: "Aconteça o que acontecer, escuta sempre o teu coração". Mas, a verdade é que, ultimamente, eu tenho feito exactamente o oposto disso... E agora pergunto-me: Será que devo sempre seguir a vontade do meu coração, mesmo que tudo em volta me indique o caminho contrário?

la cœur a ses raisons 
que la raison ne connaît point

5am thoughts

fotografia por: daniela rosa (temporizador) @

 
silver revolver, lady of the sunshine @

"Ninguém é perfeito" deve ser o cliché mais batido que existe... Detesto usá-lo. E isso faz-me lembrar aquilo que talvez será a maior falha da minha personalidade - apercebi-me disso mesmo ao perder uma das pessoas mais especiais que alguma vez conheci. Eu sou demasiado impulsiva no que toca a tirar conclusões, seja do que for. Estas saem-me sempre precipitadas e, por isso, quase sempre erradíssimas. E, depois de tirá-las tão subitamente, tenho por hábito de tomá-las como certas e inquestionáveis, sem sequer me dar ao trabalho de simplesmente confirmá-las. (...) E, vejamos, o que é que acontece, então? Pessoas saem desiludidas e zangadas e eu, ao aperceber-me do erro que cometi, peço desculpa e, eventualmente, sou perdoada. Mas foi ao perder uma pessoa, graças a este defeito meu, que me apercebi o quão frustrante este é, para quem é apanhado por ele... Eu julgo e acuso injusta e prematuramente; eu crio histórias e transformo coisas insignificantes em enormes problemas e, no fim, acabo por simplesmente atirar um "Desculpa-me..." ao ar! Porque, de facto, não há mais nada que eu possa fazer... Mas acontece que essa pessoa - a que mais sofreu com o meu defeito -, cansou-se e decidiu terminantemente não me perdoar. E, afinal, eu nem sequer merecia (mais) o seu perdão. (...) Tinhas razão naquilo que disseste acerca de mim... Pena que só tenha percebido isso depois de teres feito as malas. Enfim, vou agora mas é concentrar-me em delimitar esta minha falha, para ver se não deixo mais ninguém escapar. Mas bem, acho que é importante nunca esquecer que, afinal,... "Ninguém é perfeito".

the key to change...
is to let go the fear

rodeada de pretéritos perfeitos

an end has a start, editors @

Sinto falta de muita coisa... Muita mesmo. É nestas horas avançadas da noite, quase madrugada, em que sou arrebatada por incontáveis recordações de tudo e mais um pouco. Mas hoje relembrei-me de ti. Para te ser sincera, foi contigo que passei alguns dos melhores momentos da minha vida. Momentos esses tão únicos, que jamais quero esquecer. Dou por mim a sorrir tristemente, enquanto me relembro de muitos deles. E depois pergunto-me: "Será que também te recordas do Passado, como eu faço às vezes?", para, em seguida, perder-me de novo em memórias há muito fugidas. Parece que não acabam... "Será que também te perdes em pretéritos perfeitos, como eu, por vezes?". Sinceramente, estou tão cansada deles; vejo-os por toda a parte, mesmo quando fujo e me tento esconder. De que me servem pretéritos perfeitos, jamais presentes? Só magoam... E bastante. Mas que posso eu fazer? Não os consigo deitar para trás das costas, porque eles acabam sempre por voltar a encontrar-me, nestas horas avançadas da noite, quase madrugada. Por isso, resta-me aprender a viver com eles e a lidar com o simples e temível facto de que eles não passarão nunca disso mesmo... Pretéritos Perfeitos

um dia digo-te tudo o que sinto por ti,
no pretérito perfeito

um sabor diferente

fotografia por: daniela rosa (temporizador) @
Livre de consciências, significados ou razões.

não quer dizer que seja errado

sexta-feira, agosto 06, 2010

alguém escreveu o teu nome em toda a parte

still loving you, scorpions @

E agora ordenas-me a apagá-lo de todos os sítios onde este se escreveu; onde este se marcou (...) Se é mesmo isso que queres, então é isso que eu farei. Porque, a verdade nua e crua, é que eu ainda me importo. Não consigo deixar de me importar... Porque eu não sou pessoa de simplesmente ignorar o facto de, em tempos, ter tido tamanho laço de amizade a unir-me a ti. E nem sei como é que tu o consegues fazer! Mas enfim, seja feita a tua vontade. Contudo, se a tua ideia é atirar todas as nossas fotografias e histórias de amizade para a fogueira, então fá-lo sozinho, porque eu nem sequer vou ficar aqui a assistir a tal massacre. Agora, com licença, mas tenho de ir apagar o teu nome de todos os sítios onde este se escreveu; onde este se marcou (...) Por isso sim, vou demorar. 

Your pride has build a wall... 
That I can't get through. 
Is there really no chance 
To start once again? 

I've hurt your pride, and I know 
What you've been through
You should give me a chance 
This can't be the end

quinta-feira, agosto 05, 2010

não o guardei (...) atirei-o para trás

fotografia por: daniela rosa @

LONGE DA VISTA
LONGE DO CORAÇÃO

quarta-feira, agosto 04, 2010

podes estar a cair, mas não me leves contigo

misread, kings of convenience @

Não passa tudo de um grande mal entendido; uma enorme confusão de conceitos! Para ser honesta, detesto tanto quando as pessoas são DEMASIADO lineares: ou é, ou não é; ou aconteceu, ou não aconteceu. Já pensaram que nem tudo é assim tão a preto e branco?! Até parece que se esquecem que existem vários tons de cinzento...

but one of us misread...
and what do you know,
it happened again

"I can't give you more... I love you less than before."

E, dito isto, ele partiu, desaparecendo de carro, ao longo da avenida. E, para trás, apenas deixou o cheiro intenso vindo do tubo de escape; o rasto das rodas marcado na estrada e uma verdade que já deveria ter sido dita há muito tempo.

"Estava escrito e o mundo só quis virar a página que, um dia, se fez pesada (...)"

turn the page, metallica @

Estava eu aqui, imóvel no meio desta estrada tão familiar e que já tantas vezes percorrera, numa jornada de nunca a atravessar por completo; sempre a olhar ou a virar p'ra trás. Estava à tua espera. À espera que viesses e me dissesses se me querias contigo - à espera que me guiasses. Passado um tempo, de súbito, vi-te chegar, mesmo lá ao fundo. E lá fui eu - voltei para trás -, na tua direcção. "Foi a última vez que voltaste para trás...", disseste-me, "Está na hora de avançares, porque eu estou a fazer o mesmo e não te quero aqui à minha espera, porque... Eu não vou voltar.". Olhei para ti e reparei que tinhas duas malas debaixo do braço, "Sim, já estás de malas feitas, preparadíssimo para partires.", disse-te num tom de voz firme e, no entanto, ligeiramente magoado. "E tu também deverias estar. Olha à tua volta... Já não existem razões; já nem existe sentido, compreendes? Eu prometo-te que esta é a melhor escolha para ambos.", afirmaste seguro de ti. "Eu confio em ti...", murmurei, olhando de volta para aquela estrada que me aguardava - tão longa e tão interminável, "O que é que nos vai acontecer?", perguntei. Tu sorriste-me, "Vamos ser livres.", e assim, viraste costas, seguindo o teu próprio caminho. Ainda fiquei um pouco a olhar-te, enquanto partias, tentando assimilar tudo o que estava a acontecer naquele momento, que decididamente iria mudar por completo a minha vida, e a tua também. "Do que é que estás à espera?", ouvi-te perguntar, lá ao longe. Então, e em puro silêncio, virei-te as costas e segui de volta para aquela estrada, já tanto familiar, que nunca atravessara por completo. Mas, de facto, tu tinhas tanta razão... Estávamos a fazer-nos mais mal do que bem e, simplesmente, foi-se-nos tudo. Para quê continuar a lutar se a guerra já acabou? Comecei a caminhar e, surpreendentemente, desenhou-se-me um pequeno sorriso nos lábios. Sorriso esse que carregava força, consentimento e... Esperança. "Estou à espera de encontrar tudo aquilo que mereço.", disse, apesar de saber que já estavas demasiado longe para me ouvir. E agora cá vou eu, lançando-me à estrada de cabeça erguida e de sorriso no rosto, sem quaisquer intenções de voltar para trás.

a sinceridade não cura as feridas,
mas apressa o cicatrizar destas...
obrigada e adeus 

terça-feira, agosto 03, 2010

com o verão vêm as mudanças

... Até aqui, estou a adorar.
E ainda tanto me espera.

avô antónio

R.I.P.
hallelujah, rufus wainwright @
"Então, quando é que voltamos a andar a cavalo?"
"Quando o Avô quiser!"
Foram estas as últimas palavras que me dirigiste e acredita que jamais as esquecerei, por mais que o tempo passe.
Adoro-te imenso, avô. De facto, foste a melhor pessoa que conheci até agora: tanto pelo teu extraordinário sentido de humor, como pela tua paixão fervente pela vida, mesmo quando esta se virou para ti e, de súbito, te indicou um prazo tão curto. Tu desafiaste e ultrapassaste esse prazo. E, por isso, admiro toda a força que tiveste, ao longo dos anos em que combatias uma das piores doenças existentes. Guardar-te-ei para sempre neste meu coração, que tanto, tanto te adora.
Até à vista, avô.

and every breath we drew was 
"hallelujah"...