quinta-feira, setembro 30, 2010

Setembro, nem foste assim tão difícil...

"Foi assim que passaste o Verão da tua vida, Daniela.
E é assim, desta mesma forma, que vais passar o melhor ano, também"

Palavras de um amigo querido, que nunca esqueço, e que me costuma dizer que tenho coisinhas bem giras no blogue :)

toxic girl

Sneak? ;)

terça-feira, setembro 28, 2010

moment(s)

- Porque é que haveríamos de ser amigos, de novo?
- Porque foi o que fomos, antes de tudo o resto...

freedom of speech

"got'cha, baby" ;) 

feel good

feel good, gorillaz @

Sim, estou em mudanças.
Quando saí da outra casa e voltei para esta minha outra, apercebi-me que muita coisa estava mal: quadros esbatidos, tapetes gastos e móveis que já nem condiziam com as cores das respectivas salas. Já nem me lembrava do desastre que a minha casa era, antes de me ter mudado… Faltam-me coisas, e outras estão a mais - e foi por isso que me apressei, de imediato, numas mudanças. Neste momento, estou ocupada a deitar a tralha lá para fora, para ver se dou espaço às novas coisinhas que comprei. Apercebo-me, durante o processo, de que tinha imeeeeensa coisa que, no fundo, já nem precisava realmente, e vi-me, distraída, a pensar porque é que sequer as tinha posto ali, em primeiro lugar; quando acordei para a realidade, apercebi-me que muitos cantos estavam cheios de pó. Cantos que há muito estavam tapados por móveis demasiado grandes para sequer me permitirem passar. Depois de tirar essa mobília gigante e meramente inútil; desbotada, limpei o pó e agora ando a pôr tudo no lugar certo, como deveria estar - do meu completo agrado. (…) Estas mudanças estão a fazer-me sentir tão melhor. Sinto-me mais leve e arrumada, prontíssima a recomeçar bem no meu novo lar. (…) Olho em volta, para uma casa completamente remodelada, e sorrio: está como quero; adoro… Só falta aquela mesa-de-centro que costumava ter na sala-de-estar, fazendo-a parecer perfeita, mas não sei onde a pus… Verifiquei no sótão, mas nada… Desapareceu-me de vista. Mas bem, visto nada ser perfeito… Fica assim.
& then you're gone, I'm moving on,
But those little things, they can find me

domingo, setembro 26, 2010

So, picking up the pieces, now where to begin? The hardest part of ending, is starting again...

Ao olhar em introspectiva para este fim-de-semana, apercebo-me que algo em mim mudou… Sempre fui aquele género de pessoa guiada pelo coração e pelos seus sentimentos, no que tocava a tomar decisões; a aconselhar e afins. Desprezava a abrupta racionalidade. Repulsava os ideais da razão e tudo mais. Porém, dei por mim, por um momento, a questionar o meu ponto de vista, que - outrora - julguei ser tão inquestionável. Ainda me lembro daqueles tempos em que acreditava tão veemente em frases como: "Segue o teu coração, mesmo que tudo aponte em contrário", "Faz o que te fará feliz; basta acreditar e querer", "O coração é que sabe sempre", e outras que tais. E atenção, que não estou a dizer que fazemos mal em acreditar nestas coisas… Eu é que acreditava em demasia; cegava-me e esperançava-me por elas. Até que, por um súbito momento, me perguntei: "Mas de que vale seguir o coração, se não existem razões para o fazer?" (…) Sinto, agora, que tal mudança de perspectiva fez-me sentir tão esclarecida e tão decidida, como já não me sentia há muito tempo. As coisas nunca devem ser lineares; a preto e branco. Não devemos pensar demasiado com a cabeça, nem com o coração. É preciso arranjarmos uma espécie de meio-termo fixo, para não andarmos aí tão perdidos e confundidos, sem saber por onde nos guiarmos.

i'll always follow my heart,
as long as i have enough reasons to do it

I'm having trouble breathing… You're sitting on my chest. I sure could use the rest… Leave me.

Ainda bem que não és o ar que respiro.

quinta-feira, setembro 23, 2010

missing summer

Nem parece meu… Oh, como está tudo tão… Oa oirártnoc

quarta-feira, setembro 22, 2010

we're face to face, but we don't see eye to eye

Sempre fomos perfeitos opostos - desde o início que vivíamos essa realidade -, mas sempre acreditei que era isso mesmo que nos transformava em peças de perfeito encaixe. Sempre que me abraçavas, me seguravas a mão ou me beijavas nos lábios, eu sentia isso. E eu sabia que estava em casa; eu sabia que estava certo. E que era mais real que tudo o resto... De alguma forma, sermos opostos só tornava tudo mais interessante. Se fosses como eu, o que haveria a conhecer? Era assim que eu pensava. (...) Porém, no outro dia, olhaste-me nos olhos, como não fazias há tantos meses, e eu aí senti algo que nunca havia sentido em relação a ti... Nada. E arrepiei-me. Como é que alguém que, outrora, fora a minha musa; a minha alegria; o meu apoio e o meu quase-tudo, se perdeu assim de mim? Quando é que começámos a pertencer a puzzles diferentes? E depois apercebi-me que já nem quero saber. (...) O nosso para sempre acabou - mesmo que nem perceba como ou porquê, onde ou quando -, e agora está na hora de encontrar alguém que encaixe melhor do que tu.

yes, I've had better days...

bad day, daniel powter @
Sinto-me mesmo esgotada, farta, enraivecida e entediada. O dia correu-me mal e não me parece que vá melhorar. E o pior de tudo é que não foi só uma pequena coisa, mas sim uma junção de pequenas coisas, que se tornaram nalgo grande. Dá-me dores de cabeça e uma extrema vontade de refugiar-me na minha cama e só voltar a sair quando tudo estiver a meu gosto, de novo. (...) Mas bem, tudo passa e o tempo cura tudo, certo? Então hei-de ser paciente, respirar bem fundo e continuar a levantar-me todos os dias com um sorriso na cara, esperando que tudo acabe por voltar ao sítio certo - e não há mais nada que possa fazer.

it's getting late but I don't mind

Hoje fui ao teu encontro e, nas minhas mãos, carregava tudo o que me restava de ti; de nós. Depois virei-te as costas e voltei para trás de mãos vazias.
agora tranco a porta e saio desta casa; atiro a chave para o meio de nenhures (...)
a Liberdade espera-me

guess what? I don't trust you, as well

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fotografia via Macintosh, web @

Dizes. Declaras. Confessas. Contradizes. Retorces. Mentes.
Dizes-me que esperas que eu encontre alguém capaz de lidar com o meu feitio incompreensível; apesar de nem acreditares que tal é possível... Pois eu espero que encontres alguém capaz de lidar com a tua ríspida instabilidade. E espero que esse alguém seja o tipo de rapariga "perfeita" que tu idealizas: conservadora, calma e simples (tudo o que eu não sou, portanto). Espero que seja alguém que aja SEMPRE de acordo com o que tu queres e que pense exactamente como tu pensas, tal como tu tanto gostarias que fosse. Alguém compatível contigo; o oposto de mim - diga-se de passagem -, seria o ideal, não achas? Enfim... Espero sinceramente que continues, assim, "mais feliz sem mim", e boa sorte. (...) Mas antes, queria dar-te um conselho: "Nunca desistas dos teus sonhos... Tal como desististe de mim."

terça-feira, setembro 21, 2010

banalidades I


E quando eu pensava que os "Morangos Com Açúcar" não podiam piorar... Apanho, por acaso, o segundo episódio da última temporada.
Mais maus actores, pelo que vi; pior enredo, por via de um primeiro olhar eeee mais clichés - quando se pensava que tal nem era possível! Enfim. Oh, e numa tentativa de inovação, puseram uma rapariga oriental na série - penso que nunca houve nenhuma... Acho eu. Ah! E um rapazinho negro. E outro, mais velho, que parece uma espécie de mistura entre cigano e índio, hmmm, não sei. Mas ATENÇÃO, isto é uma crítica não-construtiva feita com base num episódio, portanto, há a (pequeníssima, mas não inexistente!) possibilidade de eu estar errada... E para os curiosos que se perguntam: "Mas se não gostas nada, porque é que continuas a ver?!", eu respondo: "Porque, na verdade, ver a atroz e mais-pobre-que-sei-lá-o-quê perfomance daqueles "actores" (topem o entre aspas), entretém-me e faz-me rir. E eu gosto de rir. Quem não gosta?! Claro que podia ver o FAMILY GUY, na Fox, mas ultimamente só dão episódios repetidos!". Ah, e nunca esquecendo o facto de nunca conseguir deixar-me de perguntar, sempre que visualizo a dita série: "Mas esta gente recebe dinheiro?! Eu também faço merda e não sou paga por isso." Desculpem ser tão linear e frontal, mas gostava imeeeenso que um dos produtores/"actores" (olhem eles outra vez! muahah) dos "Morangos Com Açúcar" viesse cá e visse isto... Se calhar até seria convidada para ir ao Continente conhecê-los - e levaria amigos comigo - e, quiçá, durante a conversa iriam ver como somos melhores actores do que muitos que ali estão (e não temos conversas de retardados como eles. I mean, a séééériooooooooo), e convidavam-nos para entrar na novela! Assim, salvávamos "aquilo" e fazíamos dezenas (chega a centenas?! *medo*) de espectadores felizes!... Se tal não acontecer, acabem lá com isso e dediquem-se aos vampiros que eles é que estão na moda na TV portuguesa...

Enfim... ÀS 5 E TAL (AÇORES) 6 E TAL (CONTINENTE) NA TVI

p.s. e para os que acreditam que quem representa nos "Morangos Com Açúcar" é escolhido por ter talento, que acorde! Claro, acredito que ALGUNS sejam, mas cerca de 96,5% são convidados apenas por serem bonitinhos(as), para puderem fazer muitos posters deles e bla,bla,bla.

p.s.2. e sim, a série já teve os seus dias, quando ainda tinha graça... Mas tudo o que é bom, acaba mais tarde ou mais cedo, e digamos que a piada já terminou há algum tempo, e neeeeem seeeei porque raio continuam a fazer mais temporadas. Enfim. La vie.

let me be... perfectly imperfect

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fotografia por: emanuela cristina @

Eu acredito que vou encontrar alguém capaz de lidar com tudo o que eu sou; com tudo o que acredito e com o muito que tenho para dar. Alguém capaz de amar, não só o que é mais fácil, bonito e conveniente - como os meus olhos, ou a minha dedicação -, mas também todas as falhas que, em simultâneo, fazem de mim a pessoa que eu sou realmente - a minha facilidade em criar dramas, ou o meu ciúme. (...) Mas bem, há quem se esqueça que, de facto, amar realmente alguém, não é ver nessa pessoa a perfeição absoluta; mas sim amá-la com toda a alma e coração, apesar de todas as suas imperfeições.

all i can do is be me,
whoever that is...

sábado, setembro 18, 2010

estou pronta...

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fotografia via Macintosh, web @

"Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo."
José Saramago

Aqui vou eu.

ainda sabemos cantar, só a nossa voz é que mudou

Nunca um Verão se demorara assim nos lábios e na água... Como podíamos morrer?! Tão próximos; nus e inocentes? (...) Tornámo-nos mais amargos, mais lentos; e os novos gestos, iguais aos que passaram. E tu devias estar aqui, rente aos meus lábios, para dividir contigo a amargura dos meus dias partidos um a um... E eu, que sempre vi no teu rosto a terra limpa - só no teu rosto e nunca em mais nenhum; foi para ti que criei as rosas e lhes dei perfume; por ti rasguei ribeiros e dei às romãs a cor do lume! (...)
E agora só me resta a espera, que tal palavra amadureça... Até que passe um vento - não tu -, que a ouça; que a mereça.


um verso já não é maravilha,
um corpo já não é plenitude

back on track

"Quando se deixam coisas inacabadas, acaba-se sempre por voltar..."

quarta-feira, setembro 08, 2010

I'm too angry; too fragile (...)

& I also need space and time to recover from all this.

you're leaving and you're not taking me with you

stand by me, oasis @

Lembras-te daquele dia, no princípio deste mesmo Verão, quando viemos com uns amigos até à cidade e abancámos em minha casa? O dia nem estava assim tão solarengo e tu não paravas de reclamar que precisavas de usar o computador. Eu, por outro lado, sentei-me ao comprido no sofá a ver um programa qualquer no E! Entertainment, juntamente com os outros, enquanto tu te recolheste no canto da sala, solitário. Lembro-me que, num ápice, adormeci simplesmente. Nem sei durante quanto tempo. Só sei que, algures vindo do fundo da sala, ouvi o teu chamar: "Daniela, porque é que isto não está a dar?!". Assim, bufei e levantei-me, para ir ao teu encontro. Debrucei-me sobre o computador e sim, de facto, não estava a funcionar: "Não vale a pena... Já deu o berro.", limitei-me a dizer, virando-te as costas. "Não, volta! Tenta de novo, vá lá...", pediste-me. Então lá voltei para trás e reiniciei o computador. Ficámos ali, em silêncio, à espera que tal objecto lento arrancasse. Eu, debruçada sobre o teclado para o ecrã; tu, sentado na cadeira na minha direcção. Lembras-te que estavas constantemente a olhar para mim? E eu não parava de perguntar-te: "O que foi?...", e tu nunca me respondias. Rias-te. E eu ria-me. E o computador permanecia igual e isso não iria mudar - já te tinha avisado, mas, mesmo assim, insististe para que tentasse de novo. "Olha, não dá! Desisto.", repliquei, queixosa. Mas tu não desviaste os olhos de mim. Pelo menos até os fechares, enquanto te aproximavas do meu rosto. (...) Lembras-te do que aconteceu a seguir? (...) Eu saí de junto de ti e percorri o corredor, rumo ao meu quarto, com a mala da viola na mão; arrumei-a no armário e, por momentos, bloqueei, sempre a pensar no que acontecera. O que é que significara? Se é que significava alguma coisa... E não levou muito mais tempo até entrares de rompante pelo meu quarto adentro, fechando a porta atrás de ti. Enlaçaste o teu braço no meu tronco e, juntos, caímos sobre a cama. (...) Gostei de cair contigo, porque não doía. E, nesse dia, cativaste em mim uma certeza que, a meados do Verão, me tiraste: que quando fosse para cair, cairíamos juntos.

times are hard
when things have got no meaning

terça-feira, setembro 07, 2010

remembering those old days :)

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danielanicole

"isto é por fases, tipo a lua"

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fotografia por: emanuela cristina @

since i've been loving you, led zeppelin @

Eu olhava atentamente para ti, sentado no meu sofá com a viola no colo, a tocar uma melodia qualquer que eu nunca tinha ouvido antes. Era agradável e um tanto mexida; ficava-me no ouvido.

"O que é que estás a tocar?", perguntei-te, sentando-me junto a ti.

"Eu não estou só a tocar...", disseste, sem nunca desviar o olhar das cordas que dedilhavas, "Estou a falar contigo por música", e calaste-te.

Fiquei a olhar para ti, desejando poder perceber o que dizias. Desejando poder saber ouvir a tua linguagem, para assim compreender-te por completo. Continuei a escutar atentamente, enquanto notava uma certa instabilidade na música que me tocavas: ora melancólica e tranquila, como palpitada e inquieta. Suspirei. Queria tanto saber o que me estavas a dizer, que comecei a remexer-me ao teu lado.

"Since I've been loving you, dos Led Zeppelin", limitaste-te a dizer-me, sem nunca parar de tocar, e caindo de novo num leve silêncio.

I've really, really been the best of fools, I did what I could.
'Cause I love you, baby, how I love you, darling
(...)
But baby, Since I've Been Loving You,  
I'm about to lose my worried mind

VALENTINE'S DAY (2010)

marry song, band of horses @

"Ouve! Eu sei que te desiludi, e se calhar achas que eu não mereço perdão, mas vais perdoar-me na mesma. Porque quando se ama alguém, ama-se a pessoa por inteiro! Lamento imenso... Mas, por favor... Há que amar tudo na pessoa... Os seus defeitos e as suas virtudes; as coisas que nos encantam e as coisas que nos possam repulsar. "
(...)
"Numa relação... Temos de aceitar o outro com tudo o que ele tem; por tudo o que ele é, e não só aquilo que é mais fácil de se gostar."

---

Lembras-te na noite em que fomos os dois, com um grupo de amigos, ver este filme no cinema? Tu não paravas de sussurrar-me piadinhas acerca do filme ou dos actores. Rimo-nos tanto naquele auditório, e ninguém conseguia perceber porquê. Quando chegou a esta parte que mencionei acima, calaste-te por momentos. Olhei para ti de soslaio e reparei como estavas sério e concentrado no enlace que se desenhava à frente dos teus olhos. E, quando o filme terminou; soaram as palmas e acenderam-se as luzes, tu levantaste-te e perguntaste-me se queria ir sair contigo. Eu disse que sim, sem hesitações. (...)
Pergunto-me, agora, qual de nós mudou mais, desde esse dia.

never die,
for always be around and around

segunda-feira, setembro 06, 2010

lack of inspiration

no one's gonna love you, band of horses @

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fotografia por: daniela rosa @

Lembras-te, daquele dia, há não muito tempo atrás, quando estávamos sentados na esplanada daquele café que adoravas especialmente, a olhar para as pessoas que passavam na rua e a imaginar as suas histórias? Eu lembro-me muito, muito bem. (...) Acabávamos por rir-nos às gargalhadas, roubando por completo todas as atenções dos presentes. E tu, entre risos, costumavas perguntar-me: "Mas onde é que vais buscar essa imaginação?!". E eu sorria-te e encolhia os ombros, simplesmente. O que eu não te dizia era que, na verdade, era de ti que vinha toda a minha inspiração. E não estou a exagerar, de todo. Todas as dúvidas, todas as histórias, todos os enigmas e todas as reflexões feitas por mim, tinham sempre um pouco de ti, mesmo que nas entrelinhas. E os anos passavam e estando nós ora próximos, ora distantes, eras sempre tu a minha musa. Provavelmente devido ao significado que sempre tiveras para mim. Provavelmente porque foste a pessoa que mais me marcara, de todas as que já conhecera (...) Provavelmente por causa de tudo isso. Acontece que hoje foi um daqueles dias em que mal me vieste ao pensamento. E apesar de querer muito, muito escrever agora, simplesmente não consigo... Não me sai nada! Estarás tu a perder todo o teu encanto sobre mim? (...)
Nunca me senti tão perdida, como me sinto agora.

I never want to hear you say
That you'd be better off
Or you liked it that way

OUR OWN GALLERY

digamos que é o nosso pequeno álbum de fotografias.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Era eu a rezar para que ficasses; tu a ficares, enquanto saías (...)

quebrámos os dois, toranja @

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fotografia por: emanuela cristina @

Passo na rua, cabisbaixa, contornando os passeios e percorrendo as avenidas. Meros vultos em movimento caminham na minha direcção, esboçando sorrisos afáveis numa vã tentativa de me fazer traçar um nos meus próprios lábios. Não sorrio; continuo a deambular por ali. Até que um Estranho se dirige a mim, bloqueia-me o caminho e diz: "Não é a primeira vez que estás longe...", ao que eu, com um olhar sombrio e distante, lhe respondi: "Pois não. Mas é a primeira vez que estou longe, depois de ter estado tão perto." Prossigo a viagem sem destino, tentando evitar as sombras de um Passado - tudo o que nos restou -, espalhadas por todo o lado, vadias, que me contorcem as vistas e os sentidos. Busco por uma razão, sem qualquer graça ou expectativa. Simplesmente porque ainda não me habituei à ideia de que, agora, nenhuma estrada levar-me-á a ti.

não nos tocámos enquanto saías,
não nos tocámos enquanto fugíamos,
não nos tocámos e vamos fugindo, 
porque quebrámos como crianças

Maybe this is what happens when a tornado meets a volcano (...)

breath, breaking benjamin @

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Estou cansada de escrever para ti, pois nem sei se ainda sequer te dás ao trabalho de me ler. Mas, no entanto, mesmo estando tão farta, não paro. Não paro, porque esta tornou-se, de facto, a minha única via de chegar a ti - mesmo que tal possa nem acontecer. Mas tentar não custa, quando é a única coisa que podemos fazer... A verdade é que gosto de te imaginar sentado à secretária, a ouvir Jimi Hendrix e afins, e a ler todos os textos que te são dirigidos. Provavelmente levarias as mãos aos olhos, esfregando-os com frustração e pensarias: "Mas porque é que ela ainda se dá ao trabalho? (...) Porque é que ela não pode simplesmente deixar tudo aquilo para trás, de uma vez?". Mas bem, isto sou apenas eu, sozinha com as minhas imaginações de ti. Que, afinal, são a única via que tenho para poder "ver-te". Mas bem, como estava a dizer, estou cansada e fartíssima de escrever para ti. Mas não tanto como de estar, assim, sempre, sempre tão longe...

I see nothing in your eyes,
and the more I see, the less I like

can't understand what I'm saying

everything is everything, phoenix @

Hoje, mais do que em qualquer dia, fui atacada violentamente pela tentação de simplesmente ir a tua casa. Nem sei se estarias lá. Nem sequer sei se, mesmo se estivesses, me abririas a porta. Mas enfim, acabei por não o fazer, óbvio. E não foi por ter medo da tua reacção (ou da minha) - piorar as coisas? Temo que isso nem seja possível. Foi mais porque, bem, dizem-me que não te devo pressionar. E pronto, talvez não deva mesmo. Se não te sentes afim de conversar comigo; se me queres ver de longe, então pronto... Assim será. (...)

Às vezes dou por mim cheia de coisas para te dizer. Mas depois, quando pensava mesmo em dirigir-me à tua casa, bloqueava e perguntava a mim mesma: "Mas o que há a dizer que já não tenha sido dito?". E foi isso que também me fez parar. Estou um pouco cansada de falar para o ar... Não digo que não sabes ouvir-me; porque sim, tu sabes, sempre soubeste. Agora, compreender-me... Mas não te culpo. Tenho a perfeita consciência que não sou, de todo, uma pessoa fácil de lidar.

the more I talk about it, 
the less I do control

olá, Setembro...

fotografia por: emanuela cristina @

human, editors @

passa depressa, e leva o resto dos meses contigo.