Nunca um Verão se demorara assim nos lábios e na água... Como podíamos morrer?! Tão próximos; nus e inocentes? (...) Tornámo-nos mais amargos, mais lentos; e os novos gestos, iguais aos que passaram. E tu devias estar aqui, rente aos meus lábios, para dividir contigo a amargura dos meus dias partidos um a um... E eu, que sempre vi no teu rosto a terra limpa - só no teu rosto e nunca em mais nenhum; foi para ti que criei as rosas e lhes dei perfume; por ti rasguei ribeiros e dei às romãs a cor do lume! (...)
E agora só me resta a espera, que tal palavra amadureça... Até que passe um vento - não tu -, que a ouça; que a mereça.
E agora só me resta a espera, que tal palavra amadureça... Até que passe um vento - não tu -, que a ouça; que a mereça.
um verso já não é maravilha,
um corpo já não é plenitude
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