quinta-feira, novembro 25, 2010

sabor a passado, cheiro a saudade


Bebo tudo num trago, sem sequer respirar. Gota por gota, sôfrego por sôfrego. E, num ápice, ao dar por mim, já se foi; tudo se foi. O que restou? O cheiro à minha volta e o sabor na minha boca. A consciência de que tudo isso se desvanecerá dentro de momentos, atormenta-me. O que farei eu quando o cheiro se dissipar entre o ar, e o sabor se retirar da minha boca? Encher uma outra chávena, mas para quê, se sei melhor do que ninguém que não sairá igual à anterior, a única que realmente quero saborear?

27março2010

Sem comentários:

Enviar um comentário