sábado, dezembro 11, 2010

that's why they say love is a battlefield



Nem sei o que dizer. 

Detesto esta sensação: quando já tudo foi dito e, mesmo assim, nem muito se alterou. É como se estivéssemos em plena Guerra e tiravam-nos todas as nossas armas. Não sabemos se havemos de fugir para sobreviver, ou de ficar e lutar com as nossas próprias mãos, apesar de todas as probabilidades estarem contra nós. Digamos que tu e eu, nesse caso, tomámos decisões diferentes: tu foste cobarde ao ponto de partires, quando te viste desarmado e eu fui ingénua ao ponto de acreditar que era capaz de vencer sozinha em campo de combate, sem qualquer protecção. Qual de nós tomou a decisão certa? A errada?… Penso que não se trata de escolher o errado ou o certo - penso que as decisões nem giram à volta disso; acho, de facto, que existem sempre duas hipóteses - optar pelo que queremos ou pelo que será melhor para nós. (…)  Eu optei pelo que queria: ficar contigo, lixando-me para as inevitáveis consequências. E tu optaste pelo que era melhor para ti: parar de insistir e desistir, simplesmente. (…) Se queres mesmo saber, nunca me arrependi da minha decisão, apesar de ainda estar a sofrer os danos que a minha escolha me causou. E, sim, julguei a tua, chamando-te de desistente, mas não o devia ter feito: foste inteligente e cauteloso, enquanto eu arrisquei tudo conforme o que acreditava; conforme o que sentia. (…) Tu pediste tréguas aos inimigos e eu lutei até ao fim; tu foste embora para sobreviveres e eu vi-te partir, enquanto me ensurdecia com o ruído do caos - o nosso mundo a desabar à minha volta.

Para quem não sabia o que dizer… Disse bastante.

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