sábado, dezembro 25, 2010

não faz sentido… e depois?

Estes meus pensamentos conseguem ser realmente teimosos. E não se ficam por aí… Também assumem frequentemente uma faceta um tanto insistente; inconveniente, tornando-se, consequentemente, irritantes.
Lá estou eu, empoleirada no meu canto a sorrir para os vultos que me rodeiam, e eles - meus pensamentos -, altivos, começam a divagar; desviando-me repentinamente para um outro espaço completamente diferente daquele onde estou, naquele momento. E pronto, assim é que começa: encarrego-me arduamente de fazê-los/fazer-me voltar à Terra; de me acordarem - como se procurasse desligar a minha mente, só por um pouco; como se pensar e viver me fossem acontecimentos independentes um do outro... Obviamente que tal tarefa revela-se vã, visto eu, nestes casos, tornar-me como que submissa, escrava impotente dos meus próprios pensamentos, sem quaisquer formas de os conseguir controlar ou subjugar. E, assim, acabo por desistir, simplesmente. Fico apática, quase que sonâmbula, enquanto me perco neles como se de um barco à deriva num oceano infinito se tratassem - barco esse, sem quaisquer remos ou marés a meu favor. Por fim, quando estes acabam inevitavelmente por se cansarem, volto a cair na realidade. Porém, é como se, a cada vez que tal acontece, um pequeno pedaço de mim ficasse do outro lado. Pelo menos é assim que me sinto sempre… Como se certas partes de mim nem sequer quisessem voltar, desejando, em contrapartida, permanecer naquele lugar onde os meus pensamentos reinam numa ditadura, pondo completamente de lado o sentido, a razão e a realidade de todas as coisas.

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