segunda-feira, janeiro 31, 2011

You'll always be my hero, even though you lost your mind.

fotografia por: mariana dias @

Hoje lembrei-me de algo que já havia esquecido, há muito.
Lembras-te, há dois anos atrás, num daqueles longos e calorosos dias de meados do Verão, quando nós costumávamos ir juntos para a praia todos os dias, a pé? Tu deitavas-te sempre na minha toalha de banho, apesar de levares sempre a tua. Ouvíamos música; muita música… E conversávamos, deitados sob o sol. Mas, num desses dias, o mar estava tão revolto. E eu estava cheiinha de receio de entrar na água. Tu vieste à minha beira e perguntaste-me o que é que se passava, intrigado e eu respondi-te. Rapidamente te colocaste mesmo de frente a mim e agarraste-me nas mãos. "Entramos os dois, ao mesmo tempo…", disseste-me, olhos fixos nos meus, "Está bem? Não há que ter medo". Eu sorri. A segurança e confiança tão perceptível no teu tom de voz, transmitiram-me uma tamanha impulsão que foi como se me tivesse esquecido do medo, por completo. Respirei fundo e saltei, ao teu lado. Perdi-te de vista e comecei a procurar alcançar-te, por toda a parte, até que senti um toque quente na nuca, transpondo-se ao gélido da água salgada. "Hey", disseste-me e eu olhei para ti, "Estou aqui…". 

Pois estavas…
 Costumavas estar sempre.

Ressaca de sentimentos, overdose de saudades.

impossible, maddi jane (cover)


Todos cometemos erros. Todos agimos mal perante tal situação. Eu não sou excepção.
Apesar do que tu costumavas dizer… Que eu seria sempre a excepção de tudo. 

Eu bebi a grandes tragos tudo aquilo que estava a sentir - nostalgia, energia, transtorno, raiva... -, sem sequer pausar para respirar. Olhava para ti e lá se enchiam mais copos e cada vez mais cheios. Não conseguia parar. Queria deixar de pensar; deixar de sentir, simplesmente… Não consegues perceber que estava a ser demasiado difícil? 

E, assim, então, perdi-me simplesmente. A minha sanidade abandonou por completo o meu corpo, em meros segundos, apenas deixando para trás um vulto perdido e cansado, que se esgota a si mesmo numa busca por ar. Ar esse que jamais encontrará em lado algum. Foi nisto que me tornei, naquele momento. E a partir daí. Se acho que fiz o certo? Obviamente que não. Eu fiz o completamente errado e inconsciente. E, no entanto… Foi a única coisa que consegui fazer, de todo. Se me orgulho por isso? Posso assegurar-te que estava a sentir tudo mesmo, menos isso… 

E depois fui-me. Tombei, agarrada ao meu próprio corpo, enquanto era arrebatada pela sensação de estar a trespassar o chão. As saudades estavam a tomar posse de todos os meus sentidos; de todas as minhas acção. E eu deixei-me levar por elas… Queria que elas me levassem consigo, fosse para onde fosse. E, num suspiro fugaz, fechei os olhos e, mesmo antes de me desligar, veio-me à memória aquela noite, naquele mesmo sítio, quando te ajoelhaste perante mim, de olhos sorridentes nos meus, enquanto eu te ajudava a levantar.

E onde estás tu agora, enquanto estou a cair? 

sexta-feira, janeiro 28, 2011

"Take it or leave it"

Creio que já fizeste a tua escolha… 

quinta-feira, janeiro 27, 2011

When you look at me, what do you see? Do you see the person I am, or the one you've always wanted me to be?


Eu apercebo-me que tu, na verdade, não me conheces.
Em momentos, quis afincadamente acreditar que sim. Que tu sabias de cor os meus verdadeiros defeitos e virtudes; que conhecias os meus receios, desejos e segredos, de trás para a frente e de frente para trás; que conseguias compreender as minhas diferentes ideologias, pontos-de-vista e maneiras de pensar, de forma tão natural, quase como respirar (…).

Mas eu estava enganada.
E apercebo-me realmente que, apesar de não podermos estar mais distantes do que estamos, neste momento, intersectamo-nos, de facto, num ponto: não estamos apaixonados por ninguém.

Eu apaixonei-me por um rapaz que desapareceu há muito tempo, enquanto tu te apaixonaste por uma rapariga que nunca sequer existiu. 

Wondering mood (on).


You know that feeling? When you’re just waiting. Waiting to get home, into your room, close the door, fall into bed, and just let everything out that you kept in all day. That feeling of both relief and desperation. Nothing is wrong. But nothing is right either. And you’re tired. Tired of everything, tired of nothing. And you just want someone to be there and tell you it’s okay. But no one’s going to be there. And you know you have to be strong for yourself, because no one can fix you. But you’re tired of waiting. Tired of having to be the one to fix yourself and everyone else. Tired of being strong. And for once, you just want it to be easy. To be simple. To be helped. To be saved. But you know you won’t be. But you’re still hoping. And you’re still wishing. And you’re still staying strong and fighting, with tears in your eyes.

knock-knock

É um facto: o fim bate-nos sempre à porta. Mas isso não é razão para lha abrirmos, convidando-o a entrar.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

You, there and me, here… It's not making sense to me.

- obrigada, Marlene, pela imagem: é, sem dúvida, a minha fotografia preferida, de todas.

Ainda me lembro de quando o som da tua voz era o soundtrack da minha vida. Quando as músicas que me tocavas tornavam-se, automaticamente, nas minhas preferidas. Quando o teu riso era o ressoar das horas dos meus dias. Quando o palpitar arrastado dos teus passos era a vinda do Sol directamente do horizonte. Quando os teus suspiros intensos eram os meus sonhos, onde tanto me perdia. Quando o teu dedilhar concentrado pelas cordas da guitarra era a tua mão entrelaçada na minha. Quando o teu chamar era o encaixe perfeito do nosso abraço; dos nossos mundos. (…)

Agora… Já mal te ouço, de tão longe que estás. 

I wanna feel pretty again.


"De que me serve que me digam coisas contrárias àquelas que vejo no espelho?"

'500 days of summer' too much? I do not care.

Acreditas que ainda há gente que me pergunta por ti? Sim, também fiquei surpreendida. Pensava que o paradeiro do nosso laço era mais que transparente para todo o mundo e arredores. Enfim, acontece que quando respondi que, de facto, não sabia de ti há algum tempo, deixei as pessoas embasbacadas e ligeiramente confusas; ao que elas me perguntaram - naquele tom preocupado com um toquezinho de enorme curiosidade por trás - o que é que tinha acontecido. 

E, assim, eu disse:
"O que acontece sempre… A vida."

terça-feira, janeiro 25, 2011

I love these fairytales of mine. There are no princes, princesses, a scary dragon, or big castles… But there's always a lesson to learn.


"I'm sorry…"

"What are you sorry for?", she asked, catching me by surprise. 

She was now looking straight into my eyes. I could barely see my reflexion in her look. A blurred and really confused picture of me. Certainly that's how she sees me now: a remote, too absent and fleeting presence in her life; in her world. I've known her for a long time, but still, I've always felt like she was too hard to be understood. And that drives me crazy, all the time. I've never understood the way she spends hours and hours writing; the way she talks too loud; the way she reads those novels, that I could never really bare… All of those things that build her way of being herself. I've never found out a way of dealing with it all… But still, I know I do love her. I really do. I just can't (under)stand her, at some moments.

"Of not loving everything about you."

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Para mim, existem três tipos de pessoas. E quem não quiser concordar comigo, que discorde. E se, mais tarde, alguém quiser dar-me a razão, faça-o simplesmente, pondo o orgulho de lado. Se querem que vos diga, por vezes, este é demasiado sobrevalorizado. Mais uma vez, esta é apenas a minha opinião.

Lembro-me quando te disse que as pessoas eram aquilo que decidiam. Tu discordaste - ultimamente havias tomado o maldito hábito de tomar lados contrários aos meus, sabia-se-lá-porquê! -, afirmando que nós éramos a junção do nosso património genético com o meio ambiente envolvente. E tinhas razão. O que me pareceu é que te havias esquecido que, não é o facto de estares certo que me põe erradaPodemos estar ambos certos. Podemos ambos intersectar-nos nalgum ponto - seja ele qual for… Podemos ser linhas perpendiculares, por uma vez; outra vez...
Podemos ambos lutar pelo mesmo objectivo.

Eu sou as decisões que tomoPorque é a forma como solucionamos e seleccionamos as hipóteses e caminhos que se nos apresentam, que transforma e constrói, realmente, o nosso carácter. E penso que nunca é tarde demais para mudar uma opção que tomámos, outrora. Mudar uma opção não implica que sejamos pessoas de carácter contraditório ou indeciso, que não devem ser levadas a sério… Isso é uma ideia fechada e pouco fundamentada.

Torna-nos pessoas que sabem lidar com o facto de nem sempre possuírem a Razão como constante na sua vida. Pessoas corajosas o suficiente para admitirem a si mesmas e ao Mundo que nem sempre tomaram as melhores decisões, fosse porque razões fosse… Pessoas fortes o quanto baste, para aguentarem com todas as consequências que advirão, eventualmente, de tais mudanças de rumo...

E depois existem aquelas pessoas retrógradas que se auto-intitulam de inteligentes, apenas porque regem-se sob uma crença de que nunca cometem erros; de que são demasiado espertas para se deixarem enganar por alguém, ou por alguma situação; que acreditam activamente que estão sempre e exactamente certas, nem que, para isso, o resto do Mundo tenha de estar errado. 

Eu, sinceramente, já conheci, pelo menos, uma pessoa assim. E só não sinto pena dela porque agrada-me que ela seja desse jeito… Pessoas destas acabam sempre por ficar resumidas à própria insignificância que são e que escondem por detrás de máscaras brilhantemente enfeitadas. E negam esse facto até à exaustão, esquecendo-se que factos são factos. E estes estão-se pouco lixando para a opinião delas.

Mas voltando a nósÉ por isso que te digo para não fugires às decisões que tão inevitavelmente precisam de ser tomadas. Porque acredita que, pior do que ser uma pessoa incapaz de alterar a sua opinião e percepção da realidade, de mau carácter, é ser uma pessoa desprovida do mesmo.

E eu sei que tu és uma pessoa maravilhosa… Mas ultimamente andas com os olhos tão fechados e as costas completamente viradas, que parece que até já te esqueceste de como era o reflexo que te costumava aparecer no espelho.

domingo, janeiro 23, 2011

part II

- fotografia por: daniela rosa
I try to run, but I don’t wanna ever leave...

Eu nunca me esqueci de ti.

Lembras-te deste dia? 
Eu lembro-me muito bem...


















Foi dos melhores momentos que passei contigo.

Às vezes calha bem seguir os conselhos do Milton.

"Devias ouvir mais Paramore!"

E foi isso que fiz esta tarde, basicamente. E sabem que mais? Agora sinto-me com uma enorme vontade de fazer tudo e mais alguma coisa. Só para verem que até me entusiasmei a fazer o relatório individual de Área de Projecto e a estudar o Estado Novo de Salazar! E quando a minha mãe me entrou pelo quarto adentro a dizer que não tinha pachorra para fazer jantar nenhum, pelo que iríamos comer pão de ontem e queijo rançoso, meti-me a ouvir a "Crushcrushcrush" e nem me irritei com ela. Milagroso! 

Moral da história: ouvir mais vezes o Milton!… Ou não. Hihi

Everything about you drives me crazy.

- you're driving me crazy, frank sinatra


Eu não consigo explicá-lo… Acho que vai para lá da racionalização: este efeito que provocas em mim. Indiscritível. Incompreensível. Impenetrável. Interminável. Insubstituível. (…) Um encolher de ombros; a destreza de um tocar, mesmo que brusco e fugaz; as palavras, os olhares, os risos. Seja de que maneira forem. Qualquer coisa me faz perder(-me). E num rápido e desajeitado disfarce, deixo-me estar, do outro lado da sala, a fingir que não te vejo. Não é bem fingir… Nunca gostei do som desta acção, nem do que remete. Prefiro dizer, ao invés, que  procuro enterrar tudo aquilo que sinto, bem no meu âmago, até que inevitavelmente partas… Para, assim, poder explodir tudo o que (te) escondo, feita vulcão activo a entrar em erupção.

Um dia expludo à tua frente… Só espero é que não fujas para não teres de lidar com os estragos.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

My love life, in short:

- I love you.
- I love you too…
- Then… What are we waiting for? 
- It's not that simple. 



Wow. Pode não parecer, mas estão aqui anos! Em quatro frases.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Os lindos factos da vida (ou, neste caso, os feios…).

Eu acredito que eras capaz de dominar o mundo… Senão fosses tão feio.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

"Pinky promise?…"


Lembro-me daquelas tardes pacatas, em que éramos apenas nós os dois e os passeios por que íamos caminhando, lado a lado. Lembro-me dos casacos encharcados e da erva que pisávamos coberta pela geada, tão típica daqueles lentos dias de Inverno. Lembro-me do cheiro a café e a horas mortas - aquelas que, felizmente, tanto tempo levavam a passar. E lá nos íamos rindo e conversando acerca de tudo e mais um pouco. Lembro-me de como me fazias sentir maior… Pela maneira como olhavas para mim de soslaio e sorriso no rosto, daquelas vezes em que pensavas que eu estava demasiado distraída para notar. Lembro-me de agarrar-te pelo braço, sem estares à espera, e de sentir o teu ligeiro sobressalto junto a mim.

E depois lembro-me das nossas promessas. Cruzavas o teu dedo mindinho moreno ao meu, sempre de tons pálidos e frios, e ali ficavam por uns minutos: uma perfeita comunhão de dois opostos; dois completos contrastes, que apesar de não puderem ser mais diferentes um do outro, encaixavam tão perfeitamente como um só.

Saudades de quando costumava ser assim.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Speaking words of wisdom. Let it be.

"Miss 'Olho do Furacão'

A litte peace before the war never hurt anyone."
by phillippe @

Today I feel like loving myself in all ways. So let me be.


Não achas engraçado que todas as pessoas que me são próximas elogiarem tanto a minha personalidade, sendo tu o único que tão constantemente lhe aponta tamanhos defeitos e inúmeras falhas?! Não é que me guie muito apenas pela "opinião da maioria", mas também não me peças para dar-te a total razão, desvalorizando por completo a opinião daqueles que me rodeiam sempre que não estás por perto (ou seja, praticamente sempre).

Isto é, de facto, muito engraçado.

Nem sei o que é que hei-de dizer de nós os dois, agora. Parecemos uns autênticos perdidos que nem sequer sabem o que hão de fazer ou dizer um ao outro. Portanto, preferimos fazer-nos de superiores indiferentes e agir como se não se passasse nada, de modo a evitarmos mais discussões, quando, na verdade, filmes e pensamentos múltiplos se vão desenrolando nas nossas cabeças. Ora aqui vai uma dica a ambos: ignorar um problema não o faz ir embora. E ele não se vai dissipar por si só, tens noção disso sequer? Cá por mim, devíamos juntar-nos e falar simplesmente. Não é como se tivéssemos algo a perder… 

Eu estou pronta. Só faltas tu.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Um dia vou escrever um livro nosso.

fotografia por: alice ferreira @

Mas devíamos reformular o final, não achas?

Se pudesse, ia agora ter à tua porta e batia. E tu? Abria-la?

We spent some time together walking. Spent some time just talking about who we were. You held my hand so very tightly. And told me what we could be dreaming of. There’s nothing like you and I. We spent some time together drinking. Spent some time just thinking about days of joy. As our hearts started beating faster. I recalled your laughter from long ago. There’s nothing like you and I. We spent some time together crying. Spent some time just trying to let each other go. I held your hand so very tightly. And told you what I would be dreaming of. There’s nothing like you and I. So why do I even try? There’s nothing like you and I.
- the perishers


Há alturas em que me dá para isto: sentir a tua falta. Única e simplesmente isso. Já me cansei de perguntar a mim mesma porque raio teimo em continuar a fazer isto a mim própria. Agora limito-me a desfrutar disto: de pensar em ti. Sim, porque, felizmente, posso afirmar com orgulho que tenho muito de bom para pensar de nós… Deixo o mal por trás dos ombros, num sítio onde não posso vê-lo. E sorrio. Sorrio ao relembrar-me de todos os passeios pelas avenidas até ao café da baixa, ou até ao meu apartamento. De mãos dadas, braço cruzado. E de todas aquelas vezes em que nos limitávamos por ficar sentados à beira-mar - fosse dia, fosse noite, fizesse sol, fizesse chuva! - a admirar tudo o que o momento nos oferecia. E era tudo tão bonito e singelo, único e impagável… Sim, eu procuro lembrar-me apenas dessas coisas que tanto ainda me fazem sorrir. E oh, como me lembro de tudo tão perfeitamente. Tento agarrar as recordações; confesso-te. Estico as mãos para a frente e consigo senti-las. Abro os olhos e tudo se foi. O sorriso desvanece-se, fugitivo (talvez tenha seguido as memórias; quem sabe?).

E, no fim, só resto eu. Eu por aqui a debater-me com tudo o que deixei escapar. Eu, aqui a debater-me contra o vazio que sinto; o vazio que me rodeia; que permanece. O que ficou. Eu por aqui a perder-me cada vez mais naquilo que perdi. 


Eu… Tudo o que restou de Nós.

Um momento de pura dissonância cognitiva.

fotografia por: daniela rosa @

Sabem o que é dissonância cognitiva? É aquele sentimento de inquietação e desconforto que sentimos sempre que temos duas atitudes (ou cognições) que se opõem; ou quando um comportamento nosso não responde à atitude relacionada. 

Por exemplo, um fumador que acredita activamente que fumar provoca cancro. A sua atitude (posição intencional perante um objecto social, neste caso, o fumar) é de que fumar mata. No entanto, o seu comportamento é fumar. Como é que acham que ele se sente? Ora, óbvio que se sente desagradável consigo mesmo - a isto chama-se, dissonância cognitiva. Também, como outro exemplo, temos o obeso que sabe que exercício o curaria, mas, mesmo assim, não o faz. E etc.

Mas deixemo-nos de psicologias. 

Tudo isto simplesmente para vos perguntar: Já repararam como, muitas vezes, agimos não-conforme àquilo que pensamos/acreditamos? 

sábado, janeiro 15, 2011

Love is what it is. It just is.


Tu fazes-me sentir bem e acho que juntos iríamos ser muito felizes. Respeitas-me e adoras-me unicamente por tudo o que eu sou; identificas-te comigo em imensas filosofias e é inegável que sentimos um carinho especialíssimo um pelo outro. (…) Isto é lógico, estão a ver? E conveniente também, não acham? Mas o amor não tende a adoptar nenhuma dessas facetas; acreditem. Na verdade, pela vida fora, raramente nos apaixonamos pelas pessoas que devíamos mesmo. Aquelas que nos amam sem sombra de dúvida e que se esfolam incansavelmente para não nos magoarem, colocando-nos acima de tudo e de todos; aquelas que encaixam perfeitamente em nós, sem que nenhum obstáculo possa interferir. Sim, raramente nos apaixonamos pelas pessoas certas. Porque o amor não é lógico, nem conveniente, nem puramente feliz e pacífico; o amor não é seguro ou perfeito. Nem deve ser, na minha opinião. O amor é simplesmente… Amor. Impossível de descrever de tão confuso, inesperado e impulsivo que é. 

don't you forget about me

Don't, don't, don't, don't.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Quando a Mentira e a Verdade são tipo a Bela e o Monstro.

Quando queremos encontrar a verdade, devemos tornar-nos surdos, mas nunca cegos. 

Porque as verdades raramente são ditas, optando por se refugiarem subtilmente nos actos, nos gestos, nas expressões. Esses que, por vezes, subjugamos. Caso fechemos os olhos, mais tarde, daremos por nós a viver uma mentira. E a verdade é que não podemos ficar indignados, porque a culpa foi unicamente nossa.
Porque fomos nós que nos deliciámos pela linda mentira, enquanto a verdade - essa, tão feia - esteve sempre à nossa frente. Bastava apenas desviar o olhar; abrir bem os olhos.

terça-feira, janeiro 11, 2011

Vem ter comigo e manda-me embora. A parte mais fácil é tua.



Acho que já sofri o suficiente por ti. Demasiado, diga-se.

Dizem que é o sofrimento que respeita o tamanho que um amor teve, outrora. Pois eu amei-te como nunca e sofri como ninguém. Acabaram-se-me as lágrimas frias, as palavras repetitivas, a força inabalável, a esperança vã. E, por isso, penso ser esta a altura certa para terminar; deixar ir; soltar esta corda que tanto me  tem prendido, já nem eu sei desde quando. De uma vez.

Há quem diga que só podemos esquecer depois de honrar a saudade. Eu já o fiz. Aliás, é o que tenho feito desde que me fugiste; neste quase-que último ano da minha Vida. Não houve um único dia em que não tropeçasses no meu pensamento ou que não me assaltasses a memória; não houve um único momento, dessas mesmas alturas, em que não me recordasse de tudo: dos encontros inesperados, das fugidas pela madrugada, dos momentos insubstituíveis, singelos e, em simultâneo, muito terra-a-terra, tal como tu sempre foste. Sim, eu aceitei a saudade e o sentimento que nutria; aceitei o sofrimento e até aceitei o facto de que, mesmo apesar de tudo, não te esquecia. Não conseguia… Talvez nem queria. Mas agora já não há mais nada a dizer ou a recordar. Não há mais nada que me prenda a ti, visto que até à tua presença já varreste de mim.

Tu, por outro lado, escondias e enterravas a saudade por baixo de uma máscara espessa de arrogância e total indiferença, quando não era de todo assim; negavas o sofrimento que te assolava, por vezes, atribuindo-lhe outros nomes como "cansaço", "aborrecimento" e outras banalidades que tais! Nunca aceitaste o sentimento que tanto te preenchia o peito, lamuriando-te constantemente, sempre muitíssimo indignado por não conseguires arrancar-me do coração, simplesmente.

E, acrescentando a isto tudo, não me aceitaste. Não nos aceitaste: o nosso desejo; o nosso querer. Enquanto era vivo. 
Penso que o que estou a tentar dizer com tudo isto é que andas a agir - ou no teu caso, fugir - da forma errada. Amar é encarar a vida de frente e tudo o que dela faz parte. Tudo. Não só as coisas felizes, claras e fáceis.

E atenção que não estou a dizer que me amas, isso seria absurdo. Mas já o fizeste, segundo afirmaste, em tempos, com todas as certezas do Mundo e mais algumas.


E agora responde-me - se não a mim, a ti mesmo:
Não achas que estás de costas viradas para isto tudo há tempo demais? 

Miguel Esteves Cardoso, "As Minhas Aventuras na República Portuguesa".

fotografia por: emanuela teixeira @

"Começar é fácil. Acabar é mais fácil ainda. Chega-se sempre à primeira frase, (…) ao primeiro mês de amor. Cada começo é uma mudança e o coração humano vicia-se em mudar. Vicia-se na novidade do arranque, do início, da inauguração, da primeira linha da página branca, da luz e do barulho das portas a abrir.

Começar é fácil. Acabar é mais fácil ainda. Por isso respeito estas acções cada vez menos. Aprendi que o mais natural é criar e o mais difícil de tudo é continuar. A actividade que eu mais respeito e amo é a actividade de manter. Hoje, quase tudo se resume a começos e a encerramentos. Arranca-se com qualquer coisa, de qualquer maneira, com todo o aparato. À mínima "comichão", (…) perde-se o prosseguimento, a perseverança e cai-se no esquecimento. Nem damos pela Morte.

É por isso que hoje respeito mais os continuadores que os criadores. Criadores não nos faltam! Faltam-nos continuadores! Heróis não nos faltam, faltam-nos guardiões.

É como no Amor. (…) Qualquer palerma se apaixona, mas é preciso paciência para fazer perdurar uma paixão. O esforço de fazer continuar no tempo as coisas que se julgam boas - seja o amor, seja a amizade - é o que distingue os seres humanos."

Miguel Esteves Cardoso, "A Causa das Coisas".

fotografia por: emanuela teixeira @

"A paixão vale a pena. Mas há uma pena que essa paixão vale.

Hoje em dia, toda a gente deseja estupidamente que o amor traga felicidade, quando o amor nem sequer se pode pensar nesses termos. É incerteza, delírio, sobressalto, angústia, maldade e abdicação, delícia, miséria, êxtase, exaltação - mas nada tem a ver com a felicidade. Querer o amor sem sofrimento é como querer comer um pêssego sem caroço: quanto muito vai-se roendo devagarinho à volta, e no fim morre-se sempre à fome. Há uma pena que se cumpre com cada paixão, e para merecer essa pena é preciso amar-se criminosamente."

A vida dura uma vida inteira, mas o amor não (…)

"A vida é simples e fácil de perder. Mas o amor é fodido. E eu gostei de fodê-lo contigo."

- Miguel Esteves Cardoso 

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Don't look so blue, little girl...

'Cause better days will come. They always come.
It never takes too long.

chaos' theory

TALK   /   WALK 

Miguel Esteves Cardoso, "Como Esquecer".



"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? (…) As pessoas têm de morrer, os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar. Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou de coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar, entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de acabar de lembrá-lo. A saudade é uma dor (…) que é preciso, primeiro, aceitar.

As pessoas nunca deveriam morrer, nem deixarem de se amar, nem separar-se, nem esquecer-se, mas morrem e deixam e separam-se e esquecem-se. Mas é preciso aceitar, é preciso sofrer, dar murros na mesa, não perceber. (…) Há grandeza no sofrimento. Sofrer é respeitar o tamanho que teve um amor.

As pessoas magoam-se, separam-se, abandonam-se, fazem os maiores disparates com a maior das facilidades. Para esquecer uma pessoa não há vias rápidas, não há suplentes, não há calmantes, ilhas nas Caraíbas, livros de poesia… Só há lembrança, dor e lentidão, com uns breves intervalos pelo meio para retomar o fôlego.

Podemos arranjar as maneiras que quisermos de odiar quem amámos de nos vingarmos delas, de nos pormos a milhas, mas tudo isso nem faz bem nenhum. Tudo isto conta como lembrança, tudo isso conta como uma saudade contrariada, enraivecida, (…)
Quando já é tarde para voltar atrás, percebe-se que há esquecimentos tão caros que nunca se podem pagar. Como é que se pode esquecer o que só se consegue lembrar? Ai, está o sofrimento maior de todos. Aí está a maior das felicidades."

Miguel Esteves Cardoso, "Elogio ao Amor".



"(…) O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão alimesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Por causa da cama. (…)

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há. Estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. O amor puro é uma condição. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não."

sábado, janeiro 08, 2011

I love the way a photo can capture a moment before it's gone.


- In this very exact moment, we're growing away...
- Shouldn't we hold on to each other very tightly, then?

Nada é constante. Garantido. Infinito. Inalterável. Invencível.
Ainda me lembro quando me deixava levar pelos tão famosos "para sempre", "aconteça o que acontecer" e coisinhas desse género, ditas em momentos bonitos, por bocas sonhadoras sedentas não só de carinho ou de paixão, mas também de pura ingenuidade.

Mas é assim a vida e, quer queiramos admitir a nós mesmos ou não, não há que nada que possamos fazer para alterar a inquestionável verdade: que nós somos como que um conjunto incalculável de partículas que, com o passar dos segundos, se vão dissipando pelo ar. Não só a nossa pessoa, mas também todas as outras, naturalmente; tal como tudo o resto que se encontra à nossa volta... Até o próprio ar se esgota!

E lá vamos nós, encarreirados numa jornada - que é a vida -, todos buscando por ser vencedores. Por ganharmos um prémio qualquer de qualquer coisa; por encontrarmos o verdadeiro amor; por construirmos uma família; por salvarmos a vida de alguém; por alcançarmos a verdadeira felicidade (…) Basicamente, damos tudo de nós; tudo por tudo e arriscamos, aproveitando todas as oportunidades que nos vão surgindo e sempre nos esforçando para aprender o máximo que podemos, o mais rápido possível. Fazemos isto porque, na verdade, queremos muito vencer. Queremos olhar para trás e dizer "Eu alcancei muito e morrerei feliz".

Mas eu, porém, tenho a consciência e o apreço - não só daquilo que ganhei -, mas também daquilo que perdi. E, nem sabendo bem como ou porquê, dou por mim a entristecer-me mais com as perdas, do que a contentar-me com as conquistas… Talvez porque as marcas mais profundas são as mais dolorosas? Sim, talvez por isso. Digamos que a única certeza que tenho é que me tenho vindo a sentir perdida desde então.

A verdade é que me cansei de arriscar, de lutar e de me cansar - portanto, de fazer tudo para vencer -, sem que nada que fizesse fosse suficiente. E, por isso, desisto… Apenas assim: deixo essa mesma batalha nas mãos do tempo, simplesmente. Porque cansada já eu estou de sujar as minhas…

E, depois, pergunto-me se será sequer possível vencer. Como é que isso pode sequer acontecer, se levamos uma inteira vida à base de laços quebrados; múltiplas perdas? De inúmeras despedidas e incontáveis pontos finais?

Para mim, a partir do momento em que perdemos algo que, por alguma razão, já nos foi imenso ou ao simplesmente desistirmos de algum sonho ou de algum objectivo, tornamo-nos perdedoresPorque vencedores não desistem nunca, não é verdade? 

Eu sou perdedora.
E tu… És? 


Costumavas dizer que a vida te iria ensinar. Então, porque é que a vives de olhos e ouvidos tapados?

O nosso carácter é avaliado através das nossas próprias decisões. Ao dizer "próprias", refiro-me unicamente àquelas que tomamos por nós e para nós, sem qualquer influência de outras pessoas. Mas não pensem que estou a falar daquele tipo de decisões que tomamos todos os dias, como por exemplo, o que iremos vestir no dia seguinte ou se deveríamos ou não cortar o cabelo de uma maneira diferente. Não. Eu falo das decisões difíceis. Decisões essas capazes de mudar por completo tanto a nossa vida, como a vida de outrem. São essas que realmente importam

Ou seja, andarmos por aqui como que a fugir às decisões difíceis que tão urgentemente têm de ser tomadas, não implica necessariamente que sejamos uma pessoa com mau carácter, mas algo pior que isso: um indivíduo desprovido do mesmo. E acreditem em mim: não há absolutamente nada pior que isso. 

É nos momentos mais difíceis que conhecemos realmente quem nos rodeia; é neles que conhecemos realmente nós mesmos. E não naquelas alturas sorridentes da vida, em que parecer bem é demasiado fácil. São esses momentos e decisões difíceis por que passamos e tomamos, que nos constroem como pessoas

Então e aqueles que ignoram os maus tempos, como que esquecendo a tempestade lá fora, sentados à berma da estrada, à espera que tudo passe? Esses que preferem vaguear por aí, sem nunca olhar de frente a vida; deixando todas as decisões ao sabor do vento, sem nunca as encarar? 

Quem são esses? Eu digo-vos.
São corpos isentos de espírito, de alma, de fé, que nunca encontrarão realmente a felicidade e o amor, por estarem demasiado ocupados a fugir do que lhes assusta ou daquilo que simplesmente pensam não conseguir lidar. São seres que acreditam que, ao fugir de tudo isso, serão capazes de viver unicamente pelas/nas coisas boas. Coitados, coitados, de tão errados que estão… 

- Porque, na verdade, para se alcançar alguma coisa realmente nesta nossa vida, temos de lutar e persistir. Temos de trepar bem alto e temos de cair bem fundo. Temos de nos levantar e, mesmo que pensemos em desistir, há que continuar a dar tudo por tudo. Temos de acreditar, confiar em pleno e amar não só o simples, mas também o defeito! Temos de passar por momentos infelizes, em que a angústia, a mágoa, o medo e a confusão constantes serão o próprio ar que respiramos e superá-los!; teremos de fazer as piores e mais complicadas decisões da nossa vida, que mudarão por completo o rumo desta, em curtos instantes. Por vezes, vamos desejar voltar atrás, por acharmos ter feito uma má decisão; outras vezes, vamos abraçar as nossas escolhas e orgulhar-nos delas. Vamos arrepender-nos; vamos correr riscos; vamos perder e, também, vencer. Vamos dizer "amo-te" e ouvir mais que um "adeus"; vamos magoar e ser tão desiludidos, que até perderemos a conta Vão haver tempos, em que iremos desejar adormecer e só acordar daqui a muito tempo, tal como outros em que iremos deitar-nos num instante e com uma enorme ânsia de acordar no dia seguinte. Vamos sentir-nos a morrer por dentro; vamos sentir-nos, muitas vezes, bastante sozinhos e perdidos. Vamos sentir-nos radiantes por estar a viver e por sermos capazes de amar e de acreditar, de confiar! Vamos ultrapassar problemas, tal como muitos outros irão surgir. Vamos aprender. Vamos querer fugir; mas temos de ficar - nunca parar, porque parar é morrerVamos respirar fundo e aproveitar todas as oportunidades que realmente queremos, ignorando tudo o resto, tal como vamos desperdiçar outras, às vezes sem sequer nos apercebermos. 

É assim que se vive. 
Achas que estás a viver? 





Ainda estás a tempo de acordar.


quinta-feira, janeiro 06, 2011

"had enough", breaking benjamin


Quantos mais acasos é que precisas para que acredites no simples e mais-que-claro facto de que TU e EU não somos nenhuma coincidência?

E já se passaram tantos; tantos, tantos imprevistos e acontecimentos ocasionais que, de alguma forma, nos (re)uniram, mesmo quando tudo estava completamente contra isso. Mas, mesmo assim, parece que gostas de olhar de lado para o que devias encarar de frente e, com um breve encolher de ombros, viras costas, como que ignorando as múltiplas razões - sejam elas quais forem - que nos levam a voltar, mesmo que tenhamos partido sabe-se lá há que tempos! E oh, já passámos por tanto e, de alguma maneira, acabamos sempre aqui, assim. Tu a fugires de mim; eu fugindo da realidade. Eu a querer que mostres o quão gostas de mim e tu a dizer-me que não é tão simples assim. Tu a olhares de soslaio para mim sempre que passo e eu a esperar que abras os olhos e que te apercebas de tudo.

Sabes que mais? Estou cansada de esperar. 
Principalmente por algo que nunca há de vir.

quarta-feira, janeiro 05, 2011

...

When the tears fall away
And there's no conversation
There's nothing left to break
That's not already broken
You're staring into space
And every inch of silence
Been standing here for days, and days

Said it all
Nothing to say at all
Nothing to say that matters
Haven't we heard enough?

Said it all
Nothing to say at all
Nothing to say that matters
Doesn't matter any more



- TAKE THAT

payback

Não te esqueças que foste tu que começaste.

terça-feira, janeiro 04, 2011

monólogos para comigo e só comigo



"Eu queria que durasse para sempre. 
Mas então e tu? O que é que tu querias?
Talvez tenha sido esse o defeito; talvez tenha sido essa mesma razão;
Talvez tenha sido esse o motivo porque é que se foi tudo em vão;
A verdade é que eu nunca soube bem o que tu querias. 
Mas então e tu? 
Será que tu sequer sabias?"

- 10 de Abril, de 2009.

Perante uma Despedida, temos todos por hábito a pensar no Passado; em tudo o que aconteceu entre nós e Aquela pessoa de quem, daqui a uns minutos, nos iremos despedir. Todas as desventuras, todas as aventuras, todos os momentos, todas as palavras, todos aqueles gestos, até os mais pequenos e bruscos (…) Depois dessa fase passageira de meros pensamentos, limitamo-nos pelas primeiras (e geralmente poucas) palavras que nos vêm à cabeça, no momento, como que vindas num sussurro, enquanto enormes perguntas ambíguas nos vão arrebatando a mente, insistentemente, “Como será depois de ires embora?”, “Como estarás da próxima vez que te vir?” – enfim, perguntas que não terão resposta garantida tão cedo. E, por fim, ficamos simplesmente a olhar para Aquela pessoa, em silêncio, fazendo de tudo para as lágrimas não caírem. E então, com um último “Adeus” e, quem sabe, um abraço palpitado ou um beijo, fica assim cumprida a Despedida de ambos… Viram-se costas, sustêm-se respirações, e cada um segue o seu caminho, olhando em frente, e mesmo por mais difícil que seja, não há outra escolha.
Contudo, ao gastarmos os últimos minutos com Aquela pessoa apenas em meros pensamentos silenciosos; meras palavras sobressaltadas e, no fim, um simples beijo ou abraço que invés de carregar Amor e Esperança, carrega Angústia e Nostalgia, o mais importante fica sempre por dizer…
Enquanto dizes um “Adeus”. Temido nos olhos e frio nas mãos, poderias estar a dizer um “Amo-te”, saboroso na boca e quente no coração.


p.s. Tenho saudades tuas. Tantas. Cada vez mais.
Ah, e não te esqueças, nunca: 
(porque eu nunca me esqueço de ti) 

Eu amo-te.

have you ever…?


Já se sentiram completamente cansados, apesar de nem terem andado a correr? Já alguma vez se sentiram  perdidamente aborrecidos, apesar de haverem milhares de coisas úteis à espera de serem feitas? Já alguma vez se sentiram completamente abalados, apesar do dia ter sido inteiramente igual aos restantes? Já alguma vez se sentiram completamente perdidos, apesar de estarem exactamente no mesmo lugar? Já alguma vez se sentiram como que sobrecarregados e pressionados, quando, na verdade, nem sequer existem pressas nenhumas, ainda? Já alguma vez se sentiram constantemente zangados, apesar de ninguém vos andar a incomodar, incessantemente?

Já alguma vez se sentiram assim ou serei eu a única?

some(day)


But I'm afraid we're searchin' for things we'll never find
'Cause your problems are just like mine, they're hard to define


Someday, all of this may make sense to you,
Some say that losing it all can bring something new

Some say you have to fall to learn how to fly
Someday, we may understand just the reason why

- THE PERISHERS

segunda-feira, janeiro 03, 2011

the perfect match, indeed!

Eu sou bastante talentosa no que toca a criar enormes expectativas, num ápice. (…) E tu um Às a deitá-las abaixo, em segundos.

acabou-se o que era doce!

Férias ABSOLUTAMENTE espectaculares :)
E agora… Siga para a escola, gente! 

(…), while you're still around


Nós esquecemos o tempo. E temo que o fizemos na pior das alturas.
E sabes do que é que tenho realmente medo? Que as horas se escassem sem que nós possamos voltar a acreditar; a amar. Que não tenhamos meses suficientes para nos apercebermos disto tudo que possuímos, bem no âmago do nosso peito, espelhado em ambos os nossos olhares. E por aqui fico, do outro lado da estrada, a ver o tempo a tirar-te a ti e a mim, um do outro. Mas sabes que mais? Nós estamos a deixá-lo. Nem sequer estamos a dar luta. E sabes porquê? (…) É que eu não! 

E tu sabes bem o quão temporários somos.
Então, de que é que estamos à espera? Não é como se o tempo fosse esperar por nós… Porque não vai. E bem… Já que estamos ambos aqui. 

"we're stuck on each other"



Às vezes apetece-me libertar-me um pouco disto… Mas depois tenho medo que me estique demasiado ao ponto de não encontrar o caminho de volta. E eu ainda não estou preparada para me perder de ti. Apesar de às vezes parecer realmente o melhor a fazer. Porém, são estas as escolhas da vida: decidir entre o seguro; o mais consciente ou o que desejamos verdadeiramente. E, neste momento, não me imagino feliz estando fora daqui.

Mas também, ao tempo que aqui estou, já nem me lembro como é estar lá fora.

sábado, janeiro 01, 2011

i loved you, 2010, but now I gotta move on






Foi, de facto, dos melhores anos da minha vida.
Mas vou fazer os possíveis para que 2011 supere!

2010, o ano das mudanças

Pergunto-me como é que será 2011… 
Espero que seja o ano da reconciliação ou qualquer coisa do género. 

eu amo-te, sabias?

És muito importante para mim; és como um irmão. E os irmãos têm os seus problemas, mas o sentimento persiste sempre. Nós somos assim. Jamais te quero fora da minha vida, pois tu concedes-me tantas alegrias, há tanto tempo, que já nem me imagino sem ti. Obrigada por tudo, seu traquinas. 

you rock my world