segunda-feira, julho 04, 2011

digamos que ainda estou à espera da minha coincidência


Tenho apenas 17 anos. E, no entanto, sinto que a vida já muito me ensinou, até então. (…) Lembro-me quando era muito mais nova e - tal como muitas outras miúdas - acreditava veemente que, um dia, iria encontrar um príncipe encantado só para mim. Obviamente que, com o passar do tempo, alteram-se as crenças, os pontos de vista… E ainda bem. Contos de fadas são trocados por páginas de diário húmidas de lágrimas; a imaginação e o genuíno trocados por espelhos e maquilhagem; as típicas birras substituídas por dramas descomunais (…) E, digamos, que agora eu sei que o amor não tem absolutamente nada a haver com o destino - como sempre havia pensado. Nada está predestinado ou sequer planeado por uma qualquer força maior incontrolável e omnipotente. Simplesmente, acontece… Um inteiro e completamente indefinido conjunto de coincidências que, unidas, nos levaram a um certo ponto - sem qualquer motivo ou razão premeditada. Também aprendi que um amor muito duradouro e recheado de surpresas, pausas, retomas, imprevisibilidades e momentos únicos não irá obrigatoriamente levar a um daqueles para sempre à fairytale. Olho agora para enormes relações actuais e, na verdade, quase que nasceram do nada! De súbito! Ninguém imaginava que tal fosse acontecer, mas, mesmo assim, cresceram. Contra todas as probabilidades. Não será o amor, na verdade, uma pura questão de sorte, livre de destinos, sinais, premonições e coisas desse género? Eu acredito que sim. Aliás, até meto as mãos no fogo. Sim, porque a vida ensinou-me que não há nada de planeado ou inteiramente previsível no que toca ao verdadeiro amor. Nada, nada, nada. E eu que tanto acreditei naquela história toda do meant to be e etc., há nem muito tempo atrás! Mas a realidade pura é esta: o amor não se rege por regras. E ainda bem! Assim deixaria de ser tão espontâneo e sentido.

Sem comentários:

Enviar um comentário