terça-feira, fevereiro 28, 2012

já te perdias! foi mais um dia assim...

Sempre os mesmos gestos. Sempre o mesmo olhar. Sempre os mesmos passos. Sempre o mesmo não estar. Sempre o mesmo estado. Sempre o mesmo perder. Sempre a mesma estrada. Sempre o mesmo nada. Sempre camaleões. Sempre a mesma noite. Sempre as mesmas ocasiões. Sempre o mesmo estar-bem. Sempre o mesmo engate. Sempre o mesmo ninguém. Sempre o mesmo filme. Sempre as mesmas razões. Sempre as mesmas armas. Sempre o mesmo esquivar. Sempre o mesmo jogar. Sempre nunca lutar. Sempre o não-tocar. Sempre o mesmo "Hoje não". Sempre falta de luz e os pés no chão.

Tenho fome demais (...) Já só resta a saudade de ser... Demais.
Sempre a mesma vida, encalhada nesse sempre!

far from home (…)


Tenho saudades dos meus amigos lá da terra; da minha família; das mais belas paisagens que, apesar de tão familiares, nunca perdem o encanto. De descer as escadas do apartamento e estar no super-mercado dos meus pais - diga-se "a minha despensa". De dar mais umas passadas pela vila pacata e estar no Via Bar, onde só encontro pessoas que me são queridas, empoleiradas pelas mesas, em conversas abertas e paralelas, num ambiente completamente quente e confortável. Sinto falta das tardes passadas no café, com os meus companheiros de vida , ignorando as horas que passam, com o fumo dos cigarros a contornar os nossos sorrisos e os ecos das nossas risadas. De ter toda a gente por perto, sem ter de me meter num transporte público. Tenho saudades da calmaria, da simplicidade da ilha; da paz e da serenidade que todos os dias me ofereciam. Do pôr-do-sol, com as cores mais variadas, a afundar-se no mar, ao final da tarde. De como as noites boas apareciam sempre claras, devido ao céu sempre repleto de estrelas. Tenho saudades das incríveis festas de Verão, que se seguiam, umas a seguir às outras, sem nunca cansar. Sinto falta do vento salgado que tanto despenteia e seca os cabelos, ao longo do dia. Das saídas à noite - sempre nos mesmos bares -, sem que fosse preciso andar muito; livres de perigos. De sentar-me à beira-mar com um caderno de notas, a escrever tudo o que viesse à cabeça, enquanto o som do oceano me embalava. Tenho saudades de conhecer todas as caras, de receber sorrisos por qualquer rua onde passasse. Sinto falta de tudo isso, de tal forma que, só de descrever, ainda me perco mais neste mar imenso de saudades que me envolve, dia após dia.

ilhadopico

Who are you, anyway? Do you even know?









Não te odeio, não. Mas tenho cá dentro uma mágoa…
Magoaste-me, e isso nao te perdoo. A maneira como o fizeste, 
sem pudor, sem qualquer aviso prévio (…) 
Não eras tu.



E, muito sinceramente, estás longe de ser o que foste.

& I keep telling myself this...


Mas, sinceramente, não é a forma de como se acaba que é relevante. A partir do momento que acabou, (…) feito está. Um final é um final, e não é suposto agradar, e raramente faz sentido. 

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

the reason is by my side

Eu sei que estou certa, não precisas de mo dizer. 
Sinceramente, eu só queria que me provasses que estava errada. Mas nem tentaste.

domingo, fevereiro 26, 2012

I'm fading away...

Perdi-me, como nunca antes acontecera…
Faltou-me o ar, de súbito. Tamanha era a força que tinha de fazer para sequer conseguir respirar. Falar fazia-me perder o fôlego; as dormências lentamente iam tomando conta do meu rosto, e as lágrimas encharcavam-me as bochechas, de tanto abundante que era o meu choro. No caminho para o hospital, mantive-me em silêncio, como numa espécie de transe, enquanto que o pânico me ia corroendo cada vez mais todos os cantos do meu interior. Chegada ao destino, empoleirei-me na sala de espera quase que deserta, de expressão inalterável. Infelizmente, a vermelhidão inegável dos meus olhos e o chocalhar nervoso das minhas mãos denunciavam o medo que ia, a pouco e pouco, tomando conta de mim por completo. Estava a ficar mais fraca e eu sentia-o. Simplesmente começara a desistir de forçar a respiração; deixei-me levar… Os olhos haviam começado a pesar-me demasiado, enquanto que todas as minhas forças se iam varrendo do meu corpo. As imagens apareciam-me turvas, desfocadas; os sons em volta soavam-me em ecos indecifráveis. Dentro de escassos segundos, perderia a consciência - tinha a certeza disso. E sabem que mais? Não me estava a importar com isso; deixei de ter medo. Só queria que toda aquela dor terminasse; só queria deixar de sentir tudo aquilo que me arrebatava; só queria que o meu coração deixasse de bater.
Será que tal significa que estava preparada para morrer?

Não acredito que isto está a voltar-me a acontecer.

terça-feira, fevereiro 21, 2012

06:09 am

Dormi quatro horas na noite passada, mais os vinte minutos de sesta que fiz no BROWN'S COFFEE. Daqui a nada, o sol nasce e o maldito sono parece que não vem. Uma bebida quente seria bom (…) Agora estou indecisa entre leite e chá. Enfim, os meus amigos já dormem e os ressonares estridentes já ecoam pelo meu apartamento. Sortudos, que dormem há horas. Mas também, é só mais uma daquelas minhas noites que passo em branco.

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Pensamentos de madrugada.


O problema de grande parte das pessoas à minha volta, é que insistem em confundir o conceito de "mudar" com o conceito de "crescer". Mudar é um radicalismo: deixar completamente de ser a pessoa que se foi outrora. Crescer significa que iremos continuar os mesmos, apenas com as nossas perspectivas, comportamentos e pontos de vista mais limados e maduros. Quando se ama alguém, jamais se deve sequer considerar o conceito de mudança, porque isso seria a mesma coisa que lhe dizermos: "Não te amo como tu és. Quero que sejas outra pessoa". Agora, se me pedirem para crescer e reavaliar as minhas atitudes, aceitarei isso com a mais plena das calmas. Todos crescemos. Agora, para quê mudar, se há alguém que realmente nos ama deste mesmo jeito?

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Don't misread me…

I'M NOT LOOKING FOR A LOVE STORY

fechei o meu coração e deitei fora a chave

Só o voltarei a abrir quando aparecer alguém que realmente faça um esforço para não me magoar ou desiludir de todas as maneiras. Será pedir demais? 

this is me, leaving & that's you not stopping me

"E deitados na areia, ficámos tão juntos.
Senti os teus lábios, em gestos profundos. 
Ficámos os dois, isolados do mundo."

Às vezes, pergunto-me se, quando me falavas do Destino, sentias realmente as tuas palavras. De facto, foi engraçada a forma como nos conhecemos: sem quaisquer expectativas e com o maior dos improvisos. E eu sempre pensei que era assim mesmo que todas as coisas deveriam começar, de forma a se tornarem ainda maiores, com o passar do tempo. Tal não aconteceu: não por circunstâncias da vida, como seria de esperar (porque essas estiveram sempre do nosso lado), mas por outro tipo de razões - complexas de tal modo, que nem eu as consigo entender. Mas o que está feito, feito está. E eu já não sou mais aquela rapariga que mirava as feridas, dias afio, sentada sobre o chão, depois da queda. Não. Levantei-me e estou a seguir caminho. E ainda me lembro quando um grande amigo meu me disse que, quando perdemos alguém que vale muito a pena, nunca é tarde para a impedirmos de partir. Tu não o fizeste; e eu percebi a mensagem. Adeus e sê feliz. 

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

"Quebrámos os dois, afinal…"


"Eras tu a ficar por não saberes partir… E eu a rezar para que desaparecesses… Era eu a rezar para que ficasses… E tu a ficares enquanto saías. Não nos tocámos enquanto saías. Não nos tocámos enquanto saímos. Não nos tocámos e vamos fugindo, porque quebrámos como crianças. (…)"

Sou um brinquedo partido, na verdade. Hei-de me arranjar, qualquer dia; com o tempo chegarei lá. Sem pressas, sem atalhos, sem desvios e esse tipo de coisas. E, mais tarde, sentir-me-ei completa de novo. E aí sim, estarei preparada a lançar-me ao Mundo: de olhos bem abertos; mente limpa e pés bem assentes no chão.

fim de tarde, à beira-mar

Lembro-me quando me trouxeste aqui. Não tínhamos propriamente nada combinado. Apenas apareceste à minha porta de mãos nos bolsos e mangas arregaçadas, com aquele sorriso tão típico de ti. Disseste-me que te apetecia fugir por um pouco e eu alinhei. Não te perguntei onde íamos, porque eu bem sabia que tu não fazias ideia. Eras daquele género de andar ao sabor do vento, abarcando o que vê e o que aparece; menosprezando planos a longo prazo e todo esse tipo de coisas. Então lá fomos e depois de 2 horas de caminhada, aqui chegámos. Olhámos em frente e ouvi-te dizer, "Quando dizem que nada dura para sempre, esquecem-se do horizonte…", e sorriste. Os meus cabelos iam-me cobrindo os olhos, enquanto sentia a tua mão encaixar-se na minha: o espaço entre os meus dedos tão perfeitamente ocupado pelos teus… E, nesse momento, acreditei em tudo. Acreditei em nós. Em todas as coisas.

Acreditei que algures num Futuro distante, iríamos encontrar-nos juntos, ali, de mão dada, já com uma sábia idade a pesar-nos nos ombros, a completar-nos um ao outro como sempre fora. Como sempre haveria e deveria ser.

No meio de todos esses acreditamentos, até me esqueci de que não eras pessoa de grandes planos.

6 de Março, 2011

A minha casa é o teu coração.

E fico por aqui vagueando pelas ruas, enquanto não me abres a porta.

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

cantas-me canções,


Perco-me em ilusões. 

"words…", they will hurt you more


Por momentos, vi-me a mim mesma no meio de um enorme deserto, sendo que as tuas palavras eram a única forma de saciar a minha sede. Entusiasmei-me demasiado - diga-se de passagem -, e não era para menos. (…) Nunca irei compreender como é que me deixei levar tão depressa por cantigas: eu! Pessoa que se julgava inteligente o quanto baste para saber distinguir palavras sinceras de coros ensaiados. Parece que não foste o único a enganar-se a si próprio, ao longo deste percurso, afinal de contas. Mas não te culpo, porque também eu já fui assim, tal como tu, outrora (nem sequer há muito tempo). Era ingénua ao ponto de julgar que grande parte da minha felicidade dependia totalmente da presença de outrem; e que, caso não estivesse do seu lado, jamais conseguiria sentir-me realmente bem. Mas cresci: apercebi-me que nem sempre o que amamos, num determinado momento, é o que obrigatoriamente nos faz melhor, ao longo do tempo; apercebi-me que, por vezes, certas coisas têm de terminar, de modo a dar lugar a outras. Porque a vida não pode jamais manter-se estática, nem nós mesmos: há que evoluir sempre, sem nunca nos deixarmos ficar parados no tempo. Apercebi-me de que o tempo passa; as pessoas deixam de funcionar e há que se seguir em frente (sempre). O mais engraçado é que tu, de certa forma, ajudaste-me a aperceber-me de todas estas coisas. Só gostava de poder ter feito o mesmo em relação a ti. Talvez precisas de mais tempo: para te aperceberes; para te desapegares; para cresceres. (…) E eu desejo-te sorte e espero que consigas. Porque garanto-te: não há maior sentimento de liberdade, do que aquele que sentimos após nos desprendermos de tais cordas, que nos prendem fortemente há demasiado tempo. Cordas essas que, sem sequer nos apercebermos, prenderam-nos de tal modo ao Passado, que incapazes ficámos de desfrutar realmente o Presente, e todas as oportunidades que nos foram sendo concedidas. (…)