quinta-feira, fevereiro 09, 2012

fim de tarde, à beira-mar

Lembro-me quando me trouxeste aqui. Não tínhamos propriamente nada combinado. Apenas apareceste à minha porta de mãos nos bolsos e mangas arregaçadas, com aquele sorriso tão típico de ti. Disseste-me que te apetecia fugir por um pouco e eu alinhei. Não te perguntei onde íamos, porque eu bem sabia que tu não fazias ideia. Eras daquele género de andar ao sabor do vento, abarcando o que vê e o que aparece; menosprezando planos a longo prazo e todo esse tipo de coisas. Então lá fomos e depois de 2 horas de caminhada, aqui chegámos. Olhámos em frente e ouvi-te dizer, "Quando dizem que nada dura para sempre, esquecem-se do horizonte…", e sorriste. Os meus cabelos iam-me cobrindo os olhos, enquanto sentia a tua mão encaixar-se na minha: o espaço entre os meus dedos tão perfeitamente ocupado pelos teus… E, nesse momento, acreditei em tudo. Acreditei em nós. Em todas as coisas.

Acreditei que algures num Futuro distante, iríamos encontrar-nos juntos, ali, de mão dada, já com uma sábia idade a pesar-nos nos ombros, a completar-nos um ao outro como sempre fora. Como sempre haveria e deveria ser.

No meio de todos esses acreditamentos, até me esqueci de que não eras pessoa de grandes planos.

6 de Março, 2011

1 comentário:

  1. Nenhum rapaz Daniela. Mas não nos podemos deixar afetar por essas "pessoas". elas não valem a pena e a experiência diz nos isso. HOMENS são poucos e "Rapazinhos" são muitos.

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