domingo, março 11, 2012

We're like strangers with memories...


A cada dia que passa, torna-se ainda mais difícil sorrir ao mencionar do teu nome. O que, outrora, era uma sensação de alegria miúda, agora não é mais do que mero desdém. A cada dia que passa, torna-se ainda mais doloroso recordar aquilo que vivi contigo, que apesar de nem ter sido tanto assim, foi o suficiente para deixar a sua marca. Marca essa que arde à superfície da minha pele. Para ser sincera - algo que, ultimamente, me tem vindo a assustar -, gostava que me puxasses de novo. Que viesses ao meu encontro, de olhar arrependido, e que me dissesses, cara a cara, que estavas preparado para voltar e ficar, de uma vez por todas. E que, por uma vez, ficasses. Porém, - e abandonando o mundo de fantasia que tanto me abarca -, sei que isso não vai acontecer. Tu seguiste sempre e deixaste-me em paz, tal como eu te pedi. Ai, como gostava que me contradissesses, alguma vez! Que me sacudisses! Que me desses razões para te perdoar! Mas não o fazes. E, assim, não tendo nenhum ponto por onde me agarrar… Deixo-me ficar: olhando-te de soslaio, com medo que me apanhes, sempre relembrando aqueles tempos em que os nossos risos se fundiam numa melodia. (…) Ver-te, aleija-me de tal forma que nem compreendo. Provavelmente porque, a partir de agora, seremos nada mais que dois estranhos, que outrora se conheceram bem, e que, um dia, acreditaram que, algures, um futuro lhes esperava.

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