domingo, abril 21, 2013

Entre nós, sempre tudo. Menos uma ponte.


E pudesse eu chegar a ti. E pudesse eu alcançar-te, de novo. E pudesse eu, voltar atrás, ao momento em que te deixei partir. E pudesse eu ter tido outra oportunidade. Devia ter lutado mais. Podia ter lutado mais. Porque é que não o fiz? Porque é que também não o fizeste? Porque é que fomos tão fracos e tão desistentes? Nós, que éramos tanto, resumidos a tão pouco... E tu devias estar aqui comigo, para dividir contigo os dias a um. E tu devias estar aqui comigo, para comigo dividires a amargura do passar dos dias. Onde estás e porque é que te deixaste ir? Porque é que simplesmente não voltas para ficar? Estamos mesmo a deixá-los vencer? Disseste que, acontecesse o que acontecesse, e passasse o tempo que passasse, que ficarmos juntos era o nosso derradeiro Destino. Porque é que vens sempre com palavras tão bonitas, mas depois acabas sempre por deixar-me, de novo? Como é que passaste de ser os meus dias, tardes e noites, a uns meros dias num Calendário? Porque é que não podemos simplesmente fugir de uma vez, como costumávamos fazer em pequenos? Lembras-te? Lembras-te das nossas fugas, por entre a noite? Costumavas dizer-me que achavas fascinante a adrenalina e o pular do teu coração, enquanto que o medo de seres apanhado te doía no peito. Mas que valia sempre a pena, porque, sempre que chegavas ao meu encontro, era como se nada mais importasse. Tenho tantas saudades tuas e de nós, meu amor. O que é que é suposto eu fazer, enquanto não chegas? Sinto-me tão perdida sem ti, ou contigo... Mas o que é que tu sentes, afinal?

Porque é que as Saudades não podem ser passageiras, como Tu? 

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