terça-feira, abril 02, 2013

Patient Love between a Passenger and a Driver.


O meu amor por ti será sempre como um vulcão adormecido… parece inteiramente inactivo até, de repente, entrar em erupção. Basta ver-te. Basta dizeres-me "olá" com aquele meio sorriso tão discreto, quase que imperceptível, que tão bem se desenha nos teus lábios. Lábios esses, onde já tanto me perdi. Onde nunca me farto de me perder. Onde sempre encaixei perfeitamente. Basta abraçares-me. Basta eu encaixar a minha testa fria contra a curva em vírgula do teu pescoço. Pescoço esse por onde tantos beijos meus caminharam, sorrateiramente. Basta rires. Basta sentir o teu hálito a café, subtilmente misturado com o aroma a cigarros. Cigarros esses que tanto fumávamos juntos, acompanhados de segredos; de histórias; de canções. Basta ouvir-te tocar. Basta ver-te abraçado a uma viola. Viola essa, a tua mensageira predilecta daquilo que sentes. Basta deitar-me contigo na cama, não usando mais nada do que um puro sorriso. Sorriso esse, que simplesmente não é o mesmo, quando não estás cá.

Como é que, passados tantos anos, o meu Mundo continua a estremecer ao mencionar do teu nome? Como é que o meu dia continua a ganhar logo outra cor, mal te vejo chegar? Como é que, depois de tanto tempo, e depois de tudo o que já se meteu no nosso caminho, continuamos capazes de acabarmos, ao fim da noite, alçados no abraço um do outro? 

Somos algo tão natural como o acto de respirar. Somos algo tão incompreendido e tão único, que ainda ninguém inventou nenhum conto de fadas, nenhum livro, ou nenhum filme que nos descreva. Somos tão sortudos, por nos termos encontrado um ao outro; por termos tido algo tão… assim. Somos tão amaldiçoados, pelo Destino que tanto nos separou no Mapa; pelo Tempo, que só de nós soube fugir.

O meu amor por ti será sempre um Amor Paciente. Um Amor que não espera mas que, no entanto… continua algures, sempre um pouco por perto. Um Amor que não faz o coração estar a bater freneticamente a toda a hora, mas que no entanto… no momento certo, é capaz de mover montanhas e ultrapassar a maior das tempestades. Um Amor que se esconde subtilmente o mais que pode, mas que, no entanto… quando juntos, está inegavelmente presente, que até as estrelas o conseguem mirar, ao longe.

Será ingénuo da minha parte, acreditar que o nosso Momento não acabou? 
Até que o Mundo nos prove… Vou estar aqui, a amar-te pacientemente.

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