quinta-feira, setembro 12, 2013

"És onde quero estar"? És é uma merda.

 Como? Como é que conseguiste descartar-me deste jeito, sem qualquer tipo de aviso ou justificação? Será que fui eu que agi como quem não se importa em ser tratada assim? É que (caso não tenha chegado ao teu cérebro de ervilha) eu importo-me – e MUITO (quiçá, demasiado). 

 Será que te esqueceste de tudo, assim de repente? Tipo naqueles filmes em que alguém leva com uma lavagem ao cérebro e esquece-se completamente da pessoa que era e de tudo o que dela fazia parte. Será que foi isso que te aconteceu? (...) 

 Como é que tu, há menos de dois meses, estavas a vir ao meu encontro, à minha Avenida que já tão bem conhecias – e que tanto tornaste tua -, para, agora, estares a agir tão habilmente como se não me conhecesses? Que sentido é que isso faz?! Que mal é que eu posso te ter feito para merecer esse tratamento?! Que filme é este e como é que o enredo se alterou completamente, em tão pouquíssimo tempo? Juro a ti e a toda a gente que não estava à espera, mesmo sendo tu esse bicho imprevisível que não consegue parar quieto. Isto é demais!



 Mal te conheci, meti-me a pensar se alguma vez já nos teríamos cruzado algures. No metro. Ou num autocarro qualquer. Ou numa daquelas festas de faculdade. E depois questionava-me: “mas como é que não reparei em ti antes?”. Julgava-te a pessoa mais interessante que havia conhecido por esta cidade (a que tanto deste cor). Julgava-te bom e merecedor de mim. Porra, até julgava que vinhas para ficar. E eu queria tanto que ficasses. Mas isso tu não sabes, pois não? 

 Nem perdeste tempo. Meteste-te com tantas provocações, jantares e cervejas para cima de mim, e para quê? Deste-me com esse típico engate de “sou jovem, amante de sarilhos e de liberdade” com que objectivo? E depois de todas as vezes que demonstrei desinteresse, porque raio é que não desististe? Se, no final, simplesmente irias acabar por deitar fora tudo o que fizeras e seguir imediatamente para outra, como se eu não passasse apenas da merda de uma pedra no caminho? 

 Fui um mero entretenimento de Primavera? Fui apenas um desafio? Uma aposta entre ti e os teus amigo? Um erro? Um apetecimento de momento(s)? Diz-me, por favor, o que raio fui eu na tua vida. Acredita, magoar-me mais, não consegues. Vá, atira-me com nada mais do que a verdade, que já estou pronta para toda a merda vinda de ti. 

 E o pior é que nem me deste oportunidade, nem tempo, nem paciência, para te mostrar o tudo que sou. O tudo que tenho para dar. E o tudo que estava disposta a partilhar contigo. Se foi por falta de vontade ou de interesse, não sei. Mas sabes a melhor? Tu é que perdeste. Digo isto com todas as letras e sílabas, várias vezes e repito: t-u é q-u-e p-e-r-d-e-s-t-e. Nunca hei-de duvidar disto, nem por um segundo. 

 E o pior ainda é que nunca vais saber aquilo que perdeste. Disseste-me que eu era onde tu querias estar... E eu, agora, só te digo: só espero que Lisboa se revele bem grande para eu não ter de me voltar a cruzar contigo. 

 Vai-te foder.

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