segunda-feira, julho 07, 2014

Amar-me não é fácil!

Sou aquele tipo de rapariga que, quando ama, é com o peito cheio, braços abertos e sem nada a esconder. Para mim não há cá nenhum ‘mas’, nenhum ‘não sei’, nenhum ‘é complicado’, nem nenhum ‘agora não é uma boa altura’. Para mim, não existe um ‘hoje não’, ou um ‘amanhã talvez’.

Nunca serei aquela típica pacata, que se deixa ficar no seu canto, à espera que venhas ao meu encontro. Eu mesma irei ter contigo quando bem me apetecer! Nem nunca serei aquela que fica a aguardar a tua iniciativa. Eu mesma darei o primeiro passo! Para mim não há cá esperas angustiantes ou joguinhos de orgulho. Quero estar ao teu lado e passar tempo contigo, e assim o farei. Dito e feito!

Nunca serei aquela habitual tímida, que murmura que gosta de ti, baixando a cabeça. Eu vou olhar-te de frente, beijar-te de repente e dizer-te um “adoro-te” bem alto. Nem nunca serei aquela que fica quieta do teu lado, feita sombra, quase sem se notar. Eu vou andar de um lado para o outro e chamar-te para que venhas comigo. Para, juntos, percorrermos todas as ruas e dançarmos todas as músicas, até os nossos pés não puderem mais.

Nunca serei aquela que te abraça devagarinho, com medo de te agarrar com demasiada força. Se me apetece perder-me no teu abraço, eu agarrar-te-ei com tudo o que tiver. Nem nunca serei aquela que contém as palavras, com medo que soem mal. Eu dir-te-ei o que me vier à cabeça, porque é o que sinto e o que eu sinto por ti é lindo e quero que tu o saibas. Jamais te esconderei nada, porque – para e só para ti – quero ser um livro aberto. Um que gostes de ler de uma ponta à outra – uma e outra vez -, não aquele que guardas numa estante de tão aborrecido e previsível que é.


Sou aquele tipo de rapariga que não se limita nem a si, nem a ti, nem ao Amor todo que sente. Sou barulhenta e confusa. Choro a plenos pulmões e rio-me mais alto ainda. Hei-de cansar-te com as minhas estupidezes e cenas sem nexo. E, no entanto, podes ter a certeza que jamais alguém te amará de peito tão cheio como eu. De mãos tão estendidas como as minhas, prontas a dar-te o mundo se o quiseres. Sou aquele tipo de rapariga que te ama no teu melhor e ainda mais no teu pior. Nos teus vícios, nas tuas fases mais complexas... Serei sempre aquela que mais tentará te compreender, até naqueles momentos em que te sentes incapaz de o fazer.

Eu amo como nunca e é por isso que sofro como ninguém. Amo de dentro para fora, sem truques, sem jogos, sem cartas na manga. Para mim, amar é isso mesmo. É sermos à flor da pele, por mais assustador que possa parecer. Porque, para mim, amar é sentir todos esses medoso de te poder perder, o de poder te falhar -, mas nunca deixar que isso se meta no caminho do que sinto.

Sou aquele tipo de rapariga que não desiste de quem ama. E é por isso que sofro tanto. Por viver num mundo onde desistir é mais fácil que lutar; esquecer, mais fácil do que continuar a amar. E eu? Eu quando amo, nunca esqueço. Nem quando sou deixada a amar sozinha.